30 novembro 2009

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Senso de Pertença
Série sobre o senso de pertença e sobre identidade do Franciscano Secular

Pessoal (vida interior). Em um tempo de instabilidade e de oscilação é fundamental chegar ao coração da interioridade para dar consistência aos compromissos e as fidelidades pessoais. Sem a base da interioridade, toda nossa vida se faz fluida e tudo aparece suspenso no ar. Corremos o risco de esquecer quanto extraordinariamente seja a aventura na qual Jesus nos envolveu. Este é o motivo pelo qual nossa Regra (nº7) nos recorda que a conversão “deve renovar-se a cada dia”.

Existem alguns instrumentos para esta renovação da pessoa, que leva ao redescobrimento de nossa identidade e do sentido de pertença. O primeiro de todos é a formação permanente para manter desperta a consciência que o ser franciscano se realiza sempre como um novo chegar a ser franciscano: não é jamais uma história acabada que ficou atrás, senão um caminho que exige sempre um novo exercício. A renovação da pessoa é feita de pequenos compromissos, que devem desembocar naquele compromisso mais amplo que chamamos “forma ou programa de vida”.

Outro instrumento é a oração. É verdade que aos franciscanos seculares devem assumir seus compromissos como cidadãos no âmbito da vida pública, competência profissional, promoção da solidariedade e da liberdade, dos direitos humanos e da justiça, diria, como um terceiro instrumento. Ainda assim, o que é especificamente nosso é a oração ao Deus vivente. A dimensão contemplativa permite ir ao mundo com os olhos iluminados pela esperança e compaixão.

É muito importante que a Fraternidade seja verdadeira escola de oração, lugar de concórdia, espelho de caridade e fonte de esperanças, de maneira que todos seus membros experimentem a alegria de sentirem-se amados pelos irmãos e, ao mesmo tempo, a necessidade de comunicar aos que nos rodeiam a plena felicidade de ser discípulos de Cristo.


"ORAÇÃO DE JOÃO PAULO II A SÃO FRANCISCO DE ASSIS"

Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne, o mundo tem saudades de ti qual imagem de Jesus crucificado. Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem, dos teus pés descalços e feridos, das tuas mãos transpassadas e implorantes. Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo poder do Evangelho.

Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado e a procurarem a sua purificação na penitência. Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado, que oprimem a sociedade de hoje. Reaviva na consciência dos governantes a urgência da Paz nas Nações e entre os Povos. Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de cotrastar as insídias das múltiplas culturas da morte.

Aos ofendidos por toda espécie de maldade, comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar. A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.