14 julho 2011

Frei Gilberto, OFM, trouxe visita à Fraternidade

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Como em todos os meses, a Fraternidade São Maximiliano Maria Kolbe, recebeu a visita de seu Assistente Espiritual, Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, OFM, da Paróquia Santo Antônio de Sorocaba. Em sua palavra dirigida a fraternidade, ele procurou conversar sobre Santa Clara de Assis, fiel seguidora de São Francisco de Assis, o frei refletiu sobre a vida de Santa Clara, antes de depois da conversão, sua família, a região onde morava etc. Convidou a todos nesta noite a refletir o carisma Clareano, à celebrar estes 800 anos de espiritualidade, “atualmente são 14 mil franciscanos na primeira Ordem, às Clarissas embora não tão conhecidas são 16 mil no mundo”. Frei Gilberto, OFM, comentou também o Evangelho de domingo, que falou sobre a parábola do Semeador, afirmou que ser missionário é ser semeador da Palavra de Deus, e para melhor celebrar os 800 anos, há pretensões de se realizar um encontro reunindo as fraternidades franciscanas da Arquidiocese de Sorocaba, 3 existentes em Sorocaba e 1 em Porto Feliz, para celebrar Santa Clara de Assis, em um encontro especial.
Antes de passar a palavra para o visitante do dia, Frei Gilberto, OFM, explicou sobre as duas formas de assumir uma missão:
Missão adintra – é interna, aquela que realizamos na família, em nossa comunidade, trabalho, lugar onde vivemos e convivemos.
Missão adestra – é externa, aquela que realizamos fora de  nosso contexto peculiar, num lugar totalmente diferente da realiadade donde vivemos, uma cultura diferente, país etc.

 

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Frei Plínio Gande da Silva, OFM  (Ordem dos Frades Menores)
Contou como foi sua vida missionária em Angola, lugar onde ficou por 8 anos, no país ele ficou na cidade de Malanje (capital da província), apesar de ter vivido em missão no país e ter vido muita miséria, o Frei Plínio contou que o país é muito rico em diamante e petróleo e era esta riqueza que despertou a cobiça, ira e violência entre o norte e sul, entre Governo e Rebeldes. Partilhou a todos as diferenças culturais, a violência, os hábitos, a alimentação, contou também que escapou três vezes de minas (bombas enterradas que explodem quando pessoas, animais e veículos passam por cima, gerando mortos e amputados). Após 3 anos em Malanje, ficou em Quibala, período de grandes disputas “a guerra era sempre a noite, começa as 22h da noite e terminava até as 7h, nem conseguia dormir quando não tinha tiroteio, pois não sabíamos que hora iria começar o tiroteio” conta o Frei Plínio, OFM. Saúde pública também é um problema por lá, confessou que pegou malária 11 vezes, praticamente em seguida. Medicação dependia muito de doações, na época em que ficaram todos isolados por conta da guerra, teve que comer até rato do mato, cobra, macaco, na região tinha muita plantação de abacaxi. Das pessoas, o Frei contou um pouco da cultura do Angolano, se “ninguém viu, então não é roubo, há muitos furtos por lá, pequenos furtos”, do lado positivo ele destacou a generosidade do Angolano, povo humilde, sofredor, porém amigo, generoso, tudo divide com quem precisa “tinha épocas que eu pegava as doações de roupas e saia fazer trocas, as vezes voltava no dia seguinte, trocava por animais e comida.

Atualmente Frei Plínio, OFM, está como missionário na Favela da Rocinha e deixou para outra oportunidade para poder contar sobre esta outra realidade.

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