31 julho 2010

Fraternidade São Maximiliano Kolbe no Encontro Distrital 2010

Com o seu carisma, a fraternidade participou no encontro com muita alegria! Veja as fotos:

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O Encontro distrital 2010 aconteceu no dia 27 de junho na cidade de Botucatu!

A Visão de um Seminarista!










Renato de Moura Petrocco






O presente texto procura, de forma pessoal e espontânea, apresentar a simples visão de um seminarista diante das notícias de abusos de padres em relação a menores de idade e jovens!



Recentemente vemos em jornais impressos e televisivos notícias sobre casos de pedofilia envolvendo presbíteros da Igreja Católica Apostólica Romana. Notícias e afirmações que carregam verdades e posições errôneas acerca da vivência do sacerdócio e da posição oficial da Igreja, incluindo a figura do Papa Bento XVI.



Em algumas matérias buscou-se na formação dos seminaristas as raízes para as patologias presentes em presbíteros e, que a questão do celibato teria que ser revista para a solução de tais problemas.



Gostaria de elencar algumas coisas também essenciais na vida de um presbítero que acredito serem fundamentais na formação dos futuros padres.



É muito comum sermos indagados a respeito do fundamento da nossa opção vocacional.

Quem nos chamou?
Como decidimos ser padre?
Como conseguir viver sem ter uma esposa e uma família?
Como abdicar a algo tão especial na vida de um homem,
como é a relação sexual?

Tenho a convicção de que nossa vocação brota de algo muito mais profundo do que tais questões.



Nossa preocupação não é com nossas vidas ou com nossas necessidades sexuais.

Sei que isso, na contemporaneidade, é algo estranho: Como alguém não pensa em si, em um mundo marcado pelo individualismo, marcado pela busca de saciar seus desejos e anseios pessoais? É isso mesmo! Não é em nossos desejos e anseios que pensamos. Quando percebemos o chamado de Deus, que acontece na nossa vida, na nossa história – portanto é um chamado histórico e real – queremos algo muito mais profundo do que nossos sonhos pessoais.



Quem já fez uma experiência de fé sabe do que estou falando. Sabe que não é algo irracional, mas que ultrapassa a nossa razão: é transcendente! Não vai entender esse contexto quem nunca fez uma experiência de fé. Uma experiência que também não é irreal, mas que parte da realidade de nossas vidas e a transcende. É fazer a experiência de Deus como Abraão, Moisés, os profetas, os judeus, os cristãos e todas as religiões. Uma experiência que é imanente e transcendente. Nossa vocação brota dessa experiência de fé no Deus presente na história. Experiência pessoal que nos interpela e nos impulsiona para a vivência comunitária e para o serviço dos nossos irmãos e irmãs. No serviço aos mais fracos e pequenos percebemos a presença de Deus que nos chama para o serviço total a Ele e a esses. Daí cabe a nós uma resposta ao chamado, cabe a nós respondermos com fidelidade e amor ao Projeto de Deus.



Como todos os seres humanos somos dotados de fraquezas e de problemas. Na sociedade em que vivemos, podemos sofrer distúrbios psicológicos e tantas outras coisas, como qualquer homem, já que todos nós somos feitos do mesmo “barro”. Somos seres humanos buscando superar novas dificuldades e limitações, em busca de uma santidade, mas não a perda da nossa humanidade.



O mundo contemporâneo parece clamar por Super-Homens e, muitos acreditam que esses que são “diferentes” por serem homens do sagrado, devem ocupar esse posto. Sentimos muito se não o somos, se somos iguais a todos os seres humanos: limitados e deficientes.

Entristece e machucam as denúncias e os casos de pedofilia, como tantos outros tipos de contratestemunho dados por homens e mulheres da Igreja, mas também machucam tais atos cometidos por pais de família, médicos, professores e profissionais das mais diversas áreas e pessoas das mais diversas instituições. Puna-se legalmente todas essas pessoas, mas não podemos generalizar, afirmando que todos os padres são pedófilos e que isso vem da formação seminarística, do mesmo modo que seria errado afirmar que estudantes de medicina aprendem isso em seus cursos.



Afirmamos sim que recebemos um chamado de Deus para o serviço ao seu povo na Igreja. Pedimos, como o Papa Bento XVI, perdão às vítimas dessas atrocidades. Sabemos que as marcas deixadas por abusos de irmãos nossos muitas vezes nunca serão cicatrizadas. Mas acreditamos que o amor de Deus fará com que sejamos diferentes e, nós que estamos no processo de formação, podemos fazer as coisas diferentes. Continuo animado em minha vocação para ser servidor e amante do povo, sendo o primeiro que serve, que se faz servidor de um povo que já sofre com tantas injustiças.



Acredito que o Deus de toda a esperança e defensor da vida, faz brotar a cada dia vocações verdadeiras para o serviço presbiteral na Igreja, como verdadeiros ministros e portadores da Boa Notícia, para que todos tenham vida e a tenham em abundância. Como seguidores de Cristo, anunciando um reino de Paz e Justiça, não como utopia, mas como urgente e possível.
 

Enamorados por quem?

Pe. Raniero Cantalamessa, OFmCap

 


Cidade do Vaticano - Fez-se comum falar da amizade entre Clara e Francisco em termos de amor humano. Em seu conhecido ensaio sobre apaixonar-se e amar, Francisco Alberoni escreve que «a relação entre Santa Clara e São Francisco tem todas as características de um enamoramento transferido (ou sublimado) à divindade». «Francisco e Clara», de Fabrizio Costa, a série televisiva transmitida em Rai Uno nos dias 6 e 7 de outubro, melhor talvez que «Irmão Sol e Irmã Lua», de Zeffirelli, soube evitar esta alusão ao romântico, sem tirar nada da beleza também humana de um encontro assim.


Como qualquer homem, ainda que seja santo, Francisco pode ter experimentado a atração pela mulher e o sexo. As fontes referem que para vencer uma tentação deste tipo, uma vez, o santo se jogou em pleno inverno na neve. Mas não se tratava de Clara! Quando entre um homem e uma mulher há união em Deus, se é autêntica, exclui toda atração de tipo erótico, sem que exista sequer luta. É como refugiar-se. É outro tipo de relação. Entre Clara e Francisco havia certamente um fortíssimo vínculo também humano, mas de tipo paterno e filial, não esponsal. Francisco chamava Clara de sua «plantinha», e Clara chamava Francisco de «nosso pai».


O entendimento extraordinariamente profundo entre Francisco e Clara que caracteriza a epopéia franciscana não vem «da carne e do sangue». Não é, por exemplo, igualmente célebre, como aquele entre Heloísa e Abelardo. Se assim tivesse sido, teria deixado talvez uma marca na literatura, mas não na história da santidade. Com uma conhecida expressão de Goethe, poderíamos chamar a de Francisco e Clara uma «afinidade eletiva», com a condição de entender «eletiva» não só no sentido de pessoas que se elegeram reciprocamente, mas no sentido de pessoas que realizaram a mesma eleição.


Antoine de Saint-Exupéry escreveu que «amar não quer dizer olhar um ao outro, mas olhar juntos na mesma direção». Clara e Francisco na verdade não passaram a vida olhando um ao outro, estando bem juntos.
Trocaram pouquíssimas palavras, quase só as referidas nas fontes. Havia uma estupenda discrição entre eles, tanta que o santo, às vezes, era amavelmente reprovado por seus irmãos por ser demasiado duro com Clara.


Só ao final da vida vemos atenuar este rigor nas relações e Francisco buscar cada vez com maior freqüência consolo e confirmação junto a sua «Plantinha». É em São Damião onde se refugia próximo à morte, devorado por enfermidades, e está perto dela quando entoa o canto de Irmão Sol e Irmã Lua, com aquele elogio de «Irmã Água», «útil e humilde e preciosa e casta», que parece ter escrito pensando em Clara.
Em lugar de olhar um ao outro, Clara e Francisco olharam na mesma direção. E se sabe qual foi para eles esta «direção».

Clara e Francisco eram como olhos que olham sempre na mesma direção. Dois olhares que contemplam o objeto desde ângulos diversos dão profundidade, relevância ao objeto, permitem «envolvê-lo» com o olhar. Assim foi para Clara e Francisco. Contemplaram o mesmo Deus, o mesmo Senhor Jesus, o mesmo Crucificado, a mesma Eucaristia, mas desde «ângulos» diferentes, com dons e sensibilidade próprios: os masculinos e os femininos. Juntos perceberam mais do que teriam podido fazer dois Franciscos e duas Claras.


Se existe uma lacuna na série sobre Francisco e Clara é talvez a insuficiente relevância prestada à oração, e com ela à dimensão sobrenatural de suas vidas. Uma lacuna provavelmente inevitável quando a vida dos santos se leva à tela. A oração é silêncio, quietude, solidão, enquanto que a palavra «cinema» vem do grego kinema, que significa movimento! A exceção é o filme «O grande silêncio» sobre a vida dos cartuchos, mas não resistiria na pequena tela.

 
No passado se tendia a apresentar a personalidade de Clara demasiado subordinada à de Francisco, precisamente como a «irmã Lua» que vive do reflexo da luz do «irmão Sol». O exemplo neste sentido é o livro publicado no verão passado sobre «a amizade entre Francisco e Clara» (John M. Sweeney, the Friendship of Francis and Clare of Assisi, Paraclete Press 2007).


Tanto mais é de elogiar, na série televisiva, a eleição de apresentar Francisco e Clara como duas vidas paralelas, que se entrecruzam e se desenvolvem em sincronia, com igual espaço dado a um e outro. É a primeira vez que ocorre desta forma. Isso responde à sensibilidade atual orientada a evidenciar a importância da presença feminina na história, mas em nosso caso corresponde à realidade e não é algo forçado.

A cena que mais me impactou ao ver a pré-estréia de «Francisco e Clara» é a inicial, emblemática, uma espécie de chave de leitura de toda a história. Francisco caminha em um prado, Clara o segue introduzindo seus pés, quase brincando, nas pegadas que Francisco deixa, e, diante da pergunta dele: «Estás seguindo minhas pegadas?», responde luminosa: «Não, outras muito mais profundas».


Frei Raniero Cantalamessa, OFM Cap, é pregador da Casa Pontifícia

30 julho 2010

A Indugência da Porciúncula

 

Quando éramos seminaristas, em Taquari, na década de 50 do século passado, todos os anos, por ocasião do dia 2 de Agosto, éramos conduzidos, turma por turma, para a capelinha interna dos freis. Lá, orientados pelo frei que nos acompanhava, rezávamos uma série (não me lembro quantos) de Pai Nossos. Terminada uma série saíamos da capelinha, dávamos uma pequena volta e retornávamos para mais uma série de Pai Nossos, e assim por diversas vezes e todos os anos.

Explicaram os freis que em cada visita era uma graça ou indulgência que se lucrava. Mais tarde fiquei sabendo que este exercício espiritual, chamado “Indulgência da Porciúncula”, fora um privilégio que Francisco adquirira para a igrejinha da Porciúncula, situada perto de Assis, e que, posteriormente, o mesmo privilégio fora estendido a todas as igrejas próprias da Ordem.


Mas, o que era ou o que é essa Indulgência, nunca ficou muito claro para mim. Há dias, porém, folheando a nova edição italiana das “Fonti Francescane”, encontrei, pela primeira vez, o famoso documento acerca desse Privilégio. Trata-se do “Diploma do Bispo Teobaldo de Assis”, datado de 1310 e cuja tradução oferecemos aos interessados. Antes do texto propriamente dito, porém, é importante que se leia a pequena introdução historiográfica dos editores das mencionadas “Fonti Francescane”.

 


“A Indulgência da Porciúcula, evento de suma importância para a história e consciência da Ordem minorítica, e objeto de longas discussões historiográficas acerca de sua autenticidade histórica, encontra sua documentação mais objetiva no Bispo Teobaldo de Assis. Este Bispo recolheu e sintetizou os testemunhos anteriores, tidos historicamente como fundados, particularmente, aqueles de Benedito e Rainério d´Arezzo, de Tiago de Coppoli e de Pedro Zalfani, sem extrapolar a medida da narrativa com excessivos elementos miraculosos. Estes testemunhos nos evocam uma significativa fonte documentária, hagiográfica, e, na esteira do jubileu do milênio de 1300, no tempo de Bonifácio VIII (1294-1303), rica em aspectos pastorais, fundada, de um lado sobre a fidelidade à intuição de Francisco e, de outra parte, sobre a evolução institucional da Ordem no seio da Igreja.

 


Aqui se propõe o texto completo do documento traduzido a partir da recente edição paleográfica feita sob os cuidados de Stefano Brufani a partir do original, onde ainda se conserva pendente o selo de cera; documento esse conservado no arquivo público do Estado de Perúsia, Corporações religiosas supressas, São Francisco ao Prado, pergaminho 56 (1310, agosto, 10), descoberto em 1964 por Roberto Abbondanza. Cf. S. Brufani, Il diploma del vescovo Teobaldo d´Assisi pel indulgenza della Porciuncola, II (2000), pp. 43-136, texto pp. 119-136; veja-se, também, M. Sensi, Il perdono di Assisi, S. Maria degli Angeli-Assisi (PG) 2002”.

 


Vamos, então, ao texto do mencionado documento ou carta do Bispo Teobaldo:
“Irmão Teobaldo, por graça de Deus, Bispo de Assis, aos fiéis cristãos que lerem esta carta, saúde no Salvador de todos..
Por causa de alguns faladores que, impelidos pela inveja, ou talvez pela ignorância, impugnam desaforadamente a indulgência de Santa Maria dos Anjos, situada perto de Assis, somos obrigados a fazer esta comunicação a todos os fiéis cristãos. Através da presente carta, queremos comunicar o modo e a forma desse benefício e como o bem-aventurado Francisco, enquanto estava vivo, o impetrou ao senhor papa Honório.

Morando, o bem-aventurado Francisco, junto à Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, o Senhor, durante a noite, lhe revelou que se dirigisse ao sumo Pontífice, o senhor Honório, que temporariamente se encontrava em Perúsia.

A finalidade era impetrar-lhe a indulgência para a mesma igreja de Santa Maria da Porciúncula, há pouco restaurada por ele mesmo. Francisco, levantando-se, de manhã, chamou frei Masseo de Marignano, companheiro seu, com o qual morava, e se apresentou diante do mencionado senhor Honório, e disse:
- Santo Padre, há pouco acabei de restaurar para o senhor uma igreja dedicada à Virgem Mãe de Cristo. Suplico à vossa Santidade que a enriqueçais com uma indulgência, mas, sem a necessidade de nenhuma oferta em dinheiro.


O Papa respondeu-lhe:
- Não convém fazer uma coisa dessas. Pois, quem pede uma indulgência precisa que a mereça dando uma mão. Mas, diz-me para quantos anos você a quer, e quanta indulgência lhe deva conceder.
São Francisco replicou-lhe:
- Santo Padre, sua santidade queira-me dar não anos, mas, almas.


E o senhor Papa respondeu:
- De que modo quer almas?
E o bem-aventurado Francisco declarou:
- Santo Padre, se aprouver à sua santidade, quero que todos quantos se achegarem a essa igreja, confessados e arrependidas e, como convém, absolvidos pelo sacerdote, se tornem libertados da pena e da culpa, no céu e na terra, desde o dia do Batismo até o dia e a hora de sua entrada na mencionada igreja.


O santo Padre acrescentou:
- Isso que pede, Francisco, é muito. E não é costume da Cúria romana conceder semelhante indulgência.


Então, o bem-aventurado Francisco respondeu:
- Senhor, não estou pedindo isto a partir de mim, mas, a partir daquele que me mandou, o Senhor Jesus Cristo.


Diante desse argumento, o senhor Papa concluiu imediatamente, dizendo por três vezes:
- Agrada-me que tenhas essa indulgência.
Os senhores Cardeais presentes, porém, intervieram:
- Vê, se o senhor der essa indulgência, estará destruindo a indulgência do além mar, bem como, virá destruída e considerada nula aquela dos Apóstolos Pedro e Paulo.


O senhor Papa respondeu:
- Agora já a damos e a concedemos; não podemos e nem convém que se destrua o que foi feito. Mas, a modificaremos, de modo que fique limitada apenas para um dia.


Então, chamou São Francisco e disse-lhe:
- Portanto, de hoje em diante, concedemos que, qualquer um que for e entrar na mencionada igreja, bem confessado e contrito, será absolvido da pena e da culpa; e queremos que isso valha todos os anos por somente um dia, das primeiras vésperas até o dia seguinte.


O bem-aventurado Francisco, de cabeça inclinada, começou a retirar-se do palácio. O senhor Papa, então, como o visse saindo, chamou-o dizendo-lhe:
- Ó, simplesinho, aonde vai? Que documento leva desta indulgência?


Respondeu Francisco:
- A mim basta sua palavra. Se for obra de Deus, Deus mesmo deverá manifestá-la. Não quero nenhum outro documento desse privilégio senão este: que a carta seja a bem-aventurada Virgem Maria, o notário Jesus Cristo e os anjos as testemunhas.


Depois disso, Francisco, deixando Perúsia, retornou a Assis. No caminho repousou um pouco, juntamente com seu companheiro, num lugar chamado Colle, onde havia um hospital de leprosos, e lá passou a noite. De manhã, acordado e feita a oração, chamou o companheiro e disse-lhe:
- Frei Masseo, digo-lhe, da parte de Deus, que a indulgência a mim concedida através do sumo pontífice está confirmada pelo céu.


Tudo isso foi contado por frei Marino, sobrinho do mencionado frei Masseo, que frequentemente o ouviu da boca do tio. Esse frei Marino, ultimamente, perto do ano de 1307, repleto de dias e de santidade, repousou no Senhor.
Depois da morte do bem-aventurado Francisco, frei Leão, um dos seus companheiros, homem de vida integralíssima, passou adiante esse fato, assim como o havia recebido da boca de São Francisco; e assim, também, frei Benedito de Arezzo, um dos companheiros de São Francisco, e frei Rainério de Arezzo contaram, tanto para os frades como para os seculares, muitas coisas referentes a essa indulgência, como as tinham ouvido do mencionado frei Masseo. Muitos desses ainda estão vivos e confirmam todas essas notícias.


Não pretendemos, pois, escrever com que solenidade essa indulgência foi tornada pública, durante a consagração da mesma igreja efetuada por sete Bispos. Vamos tão somente referir aquilo que Pedro Zalfani, presente à cerimônia, falou diante do Ministro frei Ângelo, diante de frei Bonifácio, frei Guido, frei Bartolo de Perúsia, e outros frades do lugar da Porciúncula. Contou ele que esteve presente à consagração da mencionada igreja no dia 2 de Agosto, e ouviu o bem-aventurado Francisco que pregava diante daqueles Bispos segurando na mão um documento, e dizia:


-

Quero mandar-vos todos para o céu. Anuncio-vos a indulgência que recebi da boca do sumo pontífice: todos vós que hoje vindes e todos aqueles que virão cada ano, neste dia, com um coração bom e contrito, obterão a indulgência de todos os seus pecados.


Fizemos essas considerações acerca da indulgência por causa daqueles que a ignoram. Assim não podem mais usar como desculpa a ignorância. E, acima de tudo, o fazemos por causa dos invejosos e faladores. Estes, em alguns lugares, procuram destruir, suprimir e condenar aquilo que, toda a Itália, a França, a Espanha e outras províncias, tanto de cá como de lá dos montes, ou melhor, o próprio Deus, em reverência à sua santíssima Mãe (pois, como se sabe, a indulgência é dela), quase todos os dias, vem revelando, engrandecendo, glorificando e espalhando com frequentes e manifestos milagres.


Como ousarão invalidar, com suas funestas persuasões, aquilo que já há tanto tempo, diante da Cúria romana, permaneceu com toda sua validade? Pois, também em nosso tempo, o próprio senhor Papa Bonifácio VIII enviou para essa igrejinha seus magníficos embaixadores para que, por sua vez, no dia da indulgência, nos pregassem com toda a solenidade. Às vezes, enviou até Cardeais. Vindos pessoalmente para celebrar a indulgência e, na esperança de receber o perdão, a aprovaram como verdadeira e certa com sua própria presença.


Diante do testemunho de todas essas coisas, e na fé mais certa, assinalamos a presente carta com nosso selo. Dada em Assis, na festa de São Lourenço, no ano do Senhor de 1310”.

Ilustrações:

Extrído de http://ofsporciuncula.blogspot.com/2010/07/indugengia-da-porciuncula.html acesso em 25 jul. 2010.

27 julho 2010

"ORAÇÃO DE JOÃO PAULO II A SÃO FRANCISCO DE ASSIS"

Ó São Francisco, estigmatizado do Monte Alverne, o mundo tem saudades de ti qual imagem de Jesus crucificado. Tem necessidade do teu coração aberto para Deus e para o homem, dos teus pés descalços e feridos, das tuas mãos transpassadas e implorantes. Tem saudades da tua voz fraca, mas forte pelo poder do Evangelho.

Ajuda, Francisco, os homens de hoje a reconhecerem o mal do pecado e a procurarem a sua purificação na penitência. Ajuda-os a libertarem-se das próprias estruturas de pecado, que oprimem a sociedade de hoje. Reaviva na consciência dos governantes a urgência da Paz nas Nações e entre os Povos. Infunde nos jovens o teu vigor de vida, capaz de cotrastar as insídias das múltiplas culturas da morte.

Aos ofendidos por toda espécie de maldade, comunica, Francisco, a tua alegria de saber perdoar. A todos os crucificados pelo sofrimento, pela fome e pela guerra, reabre as portas da esperança. Amém.

Irmãos da Fraternidade participam da reinauguração da Gruta Nossa Senhora de Lourdes

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Recentemente, na cidade de Porto Feliz, onde a Fraternidade São Maximiliano Maria Kolbe está, no território da Paróquia Mãe dos Homens fica o Parque das Monções que é uma réplica fiel à Gruta Nossa Senhora de Lourdes, de Lourde/França. A Prefeitura, conseguiu verbas para revitalizar o Parque e principalmente a Gruta.

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Nesta data importante para a Santa Igreja Católica presente em Porto Feliz, muito católicos estiveram presentes para ver este marco, onde um grande símbolo católico, a Gruta réplica fiel à original, onde Nossa Senhora de Lourdes apareceu à Santa Bernadete.

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O prefeito Cláudio Maffei, no dia 11 de fevereiro rezando o terço juntamente com outras pessoas e o diácono Silvio Buzzo, notou o real estado das imagens de Nossa Senhora e de Santa Bernadete, ele se comprometeu com todos, e prometeu a Santa que antes do dia 16 de julho, elas estariam restauradas e recolocadas, no parque reinaugurado. Esta data, marca a última aparição de Nossa Senhora.

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No dia 16 de julho, conforme a promessa, foi reinaugurado o Parque das Monções e a Gruta Nossa Senhora de Lourdes à visitação de devotos e turistas. A Santa Missa foi presidida pelo Padre Reinaldo Bragantim.

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De nossa fraternidade, muitos irmãos se fizeram presentes neste momento importante para a Comunidade Católica Portofelicense, e não podemos deixar passar esta oportunidade de dizer que Pai Francisco era todo Maria, devoto, amante (de amar) e orante à Nossa Senhora.

Caminhamos como São Francisco: com devoção e união, participação e obediência a Igreja.

 

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Uma questão de Fé: no momeno em que discursava e contava a comunidade os principais detalhes da luta pela revitalização, o prefeito Cláudio Maffei foi interrompido por um voo razante de uma Pombinha, que atravessou todas as tendas e sumiu. Afirmando ser um milagre ter ido a França, em Lourdes e visitar a Gruta, sem falar nada em Francês, Cláudo considerou que também pode ser um milagre, um sinal da Presença e benção do Divino Espírito Santo.

Fotos do Encontro distrital 2010 em Botucatu

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