19 junho 2011

Fraternidade no 2º dia do Tríduo de Santo Antônio, na Colônia Rodrigo e Silva, zona rural

 

Estava tudo preparado: irmãos da fraternidade já estavam mobilizados para ir na comunidade, combinaram os detalhes que faltavam e todos de carro se encontraram em frente a Matriz Nossa Senhora Aparecida. Em quatro carros, 14 pessoas, partiram rumo a comunidade de Santo Antônio de Pádua que fica na Colônia Rodrigo e Silva, zona rural de Porto Feliz.

A fraternidade também ficou responsável pela liturgia da Missa, pelos cânticos. O presidente da celebração foi nosso diretor espiritual frei Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, OFM, que veio da paróquia Santo Antônio de Sorocaba e consigo, ele trouxe uma relíquia de Santo Antônio.

Homilia
Com profundidade, e singeleza nas palavras Frei Gilberto, falou da vida de Fernando, jovem sério, sonhador e de muita Fé, que quando ingresso na Ordem, recebeu o nome de Antônio. O Frei explicou o tema da noite "Santo Antônio, seguidor de São Francisco de Assis". Ele ingressou na congregação dos agostinianos e ali se tornou religioso e foi ordenado sacerdote, porém, neste período São Francisco formou a Ordem Franciscana, e Santo Antônio nem sabia disto. Alguns franciscanos foram para pregar o evangelho em Marrocos, na terra dos árabes, passaram pelo convento onde Santo Antônio estava, ele viu aqueles frades e se admirou com o testemunhos destes que queria se entregar para o martírio, tempo depois, voltaram só os corpos decapitados. Santo Antônio vendo, desejou ser martirizado (morrer pela Fé), e viu que na ordem agostiniana isto não seria possível, e eles aceitaram que Fernando fosse para a Ordem Franciscana, ai mudou-se o seu nome para Antônio, como frade, ele queria ir pra Marrocos para também ser frade, porém chegando em Marrocos, ele ficou doente, tremia, não andava, ficou três meses doentes, acredita-se que tenha pegado Malária. A partir daí, ele voltou embora e foi para Portugal, durante a viagem, uma forte ventania, obrigou a embarcação para ir na Cecília, sul da Itália, uma ilha. Foi acolhido num convento. Deus não queria que Santo Antônio fosse mártir, Ele queria mais dele, NO convento oi no grande capítulo das Esteiras em 1221 onde ele se encontrou com São Francisco. Todos os frades eram designados para alguma função, mas o frei Antônio era tido como aquele que não servia para muita coisa, e foi designado no convento para celebrar Missas e fazer serviços mais humildes. Enquanto isto, humildemente, foi estudando e aprendendo cada vez mais das coisas de Deus.

Relato baseado nas homilia do Frei Gilberto, OFM.

"Sua vida de pregação começou num episódio, quando em uma ordenação de frades dominicanos, e os franciscanos foram convidados e foram lá para ordenação,  o superior dos dominicanos pediu para os franciscanos dirigir-lhes a Palavra para todos, e fez questão que eles pregassem pois eram os visitantes, temendo errar, o guardião do convento escolheu frei Antônio para falar, pois se errasse, seria fácil explicar que era o mais humilde do convento limpava chão, veio de Portugal e não sabia direito o Italiano. E foi neste episódio que ele surpreendeu a todos, quando lindamente falou da Palavra de Deus, e encantou. Mais tarde ele foi chamado pelo Papa Gregório IX (mesmo Papa que o canonizou), e pode lhe pregar a palavra, o Papa o chamou de "a arca do Testamento" ou seja, ele sabia de cor todo o novo testamento, sabia de cor, citava muito o evangelho em suas pregações.

Este é o seguidor de São Francisco de Assis, e hoje ele é, conforme define Frei Gilberto:

"Pra nós (ele Santo Antônio) significa esta força de alguém que deseja muita coisa, mas que acima de tudo deixa tudo se coloca nas mãos de Deus e nós temos que ter esta coragem esta força, esta vontade, esta disposição de colocarmo-nos nas mãos de Deus e  dizermos "Meu Deus minha vida está em vós, em tuas mãos, faça de mim o que quiseres e eu vou conseguir na medida que eu posso, e vou fazer tudo aquilo que eu posso com amor e carinho", mas é Deus que determina o rumo da nossa vida, nós somos meros instrumento na vida de Deus, e Antônio de Pádua entendeu isso, entendeu todos este amor e bondade de Deu, teve a compreensão deste amor, e se colocou nas mãos de Deus nosso Pai e é o grande exemplo é o Santo que nós dizemos que é do mundo inteiro, não de Lisboa, Pádua, enfim, mas  de toda a parte de todo o mundo ele é querido e amado, por que ele foi íntimo de Deus".

Irmãos da Fraternidade fizeram a Proclamação das leituras e salmo, a oração da comunidade foi cantada. No altar participaram diácono Valmir de Oliveira e o ministro Henrique Martorano, OFS.

Em nome da paróquia o diácono agradeceu a participação do fraternidade e do frei Gilberto, a comunidade em gratidão lhe presenteou com uma lembrança.

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fotos e texto: Felipe Miranda

18 junho 2011

Fraternidade participa de Festividades de Santo Antônio

 

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18/06 – Sábado
19h00m – Missa – visita da Relíquia de Santo AntonioTema – Santo Antonio, seguidor de São Francisco de Assis
Preside – Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, OFM
Liturgia – Fraternidade São Maximiliano Maria Kolbe (Franciscanos seculares)

Os irmãos partiram as 18 horas, saindo em frente a Matriz Nossa Senhora Aparecida. Quem necessitar de carona, pode ligar para Mara 3262 1459

19/06 – Domingo
10h00m – Missa e Procissão
Tema – Santo Antonio, Trombeta do Deus Uno e Trino
Preside – Padre Washington Pascoal Ribeiro e Diácono Valmir Aparecido de Oliveira
Liturgia e Canto – Comunidade Santo Antonio e Coral Viola Divina

Parte Recreativa:

18/06 – Sábado 20h – Quermesse e Leilão de prendas
23h45m – Show com Cleber e Paulinho

19/06 – Domingo12h – Quermesse e Leilão de prendas
15h – Leilão de prendas vivas

16 junho 2011

Santo Antônio é celebrado em Porto Feliz

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Santo Antônio de Pádua, é comumente conhecido popularmente como Santo Casamenteiro, porém, sua vida vai muito além do que um Santo Casamenteiro. Em vida, foi Doutor da Igreja, iniciou-se como frade agostiniano, posteriormente em 1220 tornou-se franciscano, morou em Portugal, Itália e França. Ele era contemporâneo de São Francisco de Assis. Santo Antônio de Pádua,OFM, foi grande pregador, professor de teologia. Em sua vida muitos testemunhos ele deu ao povo, como franciscanos cristão, inteligente e sábio das escrituras, excelente conselheiro e culto nos seus sermões.

Desde os primeiros tempos após a sua morte, um grande número de milagres são atribuídos a sua intercessão.Ele é considerado protetor dos noivos e namorados e solteiros, é comum realizarem casamentos comunitários no dia 13 de junho sob proteção do Santo.

Foi canonizado em 1232, proclamado Doutor da Igreja em 1946.

No dia 13, ou nas Missas com benção dos pães, é invocado o Santo para abençoar e proteger os pobres e não deixar-lhes que falte alimentos. Mais informações sobre o santo, clique aqui.

Missa de Santo Antônio na comunidade Colônia Rodrigo e Silva, aqui

Missa de Santo Antônio na comunidade São Benedito, aqui

Nossa Fraternidade realizou nas casas, a Trezena de Santo Antônio, trezena que também aconteceu nas missas das 15h na comunidade São Benedito, sendo 13 terças-feiras de muitas bençãos.

Na missa do dia 13, na comunidade São Benedito, a fraternidade participou dos preparativos da missa e também da hora fraterna após a Missa.

Santo Antônio, rogai por nós!

15 junho 2011

CARTA ABERTA A UM MINISTRO

 

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Bem querido (a) irmão(a) ministro (a),
Paz e todos os bens!
Dirijo esta cara aberta a cada ministro (a) da OFS. Penso, de modo particular, nos ministros e ministras locais. A ideia e o título me vieram como a Carta a um Ministro de Francisco de Assis. Sei perfeitamente que você não age sozinho, mas sempre em união com o Conselho de sua Fraternidade. É assim que deve ser. Reconheço, no entanto, a sua importância no seio da Fraternidade local. Você foi escolhido pelos irmãos para estar à frente de todos. Seu exemplo e seu entusiasmo pela Ordem é fundamental. Todos devem poder olhar para você buscando novo estímulo para viver a santidade. Você sabe também que pode pouco. Lembre-se sempre do conselho evangélico: fazer tudo o que deve ser feito e considerar-se servo inútil. Ou, então, aquela outra máxima: fazer o que deve ser feito, como se tudo dependesse de você, mas sabendo que tudo depende de Deus. A Ordem não é sua. É do Senhor.
Uma das maiores e mais preciosas riquezas da Ordem Franciscana Secular são as fraternidades locais concretas que são confiadas ao seu zelo. Irmãos e irmãs aí vivem e, de alguma forma, decidem sua vida presente e a eternidade no seio desses espaços que chamamos tão belamente de fraternidades. Você não administra em primeiro lugar bens, coisas materiais, mas alimenta vidas humanas tocadas por Cristo e desejosas de seguirem o Mestre à maneira de Francisco de Assis.
1)  - Você não tem o título de superior, diretor ou presidente. Seu título de honra é ser irmão (ã) ministro (a). Você é aquele que serve. Durante três anos a sua Fraternidade ocupará um lugar importante na organização de sua vida e no emprego de seu tempo. Gostaria de lembrar alguns tópicos da Regra e das Constituições a respeito de sua função de lavar os pés dos irmãos.
2) - O ministro sabe que “seu serviço, que é temporário, é um cargo de disponibilidade e de responsabilidade em favor de cada indivíduo e dos grupos” (Regra n.21). Duas palavras chaves: disponibilidade e responsabilidade, virtudes eminentemente evangélicas.
3) - De maneira muito feliz e sintética, as Constituições Gerais falam assim de sua tarefa: “O cargo de Ministro ou de Conselheiro é um serviço fraterno, um compromisso de se tornar disponível e responsável para cada irmão e para a Fraternidade, a fim de que cada um se realize na própria vocação e cada Fraternidade seja uma verdadeira comunidade eclesial franciscana, ativamente presente na Igreja e na sociedade” (Art 31, 2). Preste bem atenção ao que você acaba de ler.
4) - Sim, ser ministro não é um cargo honorífico, mas de serviço. Já disse. Você recebe, durante um tempo, a graça de poder se esquecer de seu mundo e se dedicar de fato a pessoas que você costuma designar de irmãos e de irmãs. Na dedicação sincera a todos vai sendo gerado e alimentado o amor fraterno. Você haverá de estar atento às pessoas tomadas individualmente. Ninguém poderá dizer que não tenha merecido seu olhar e sua atenção. Mas cuidado! As pessoas sabem quando alguma coisa nasce no coração do ministro, ou simplesmente quando ele faz ou diz por obrigação.
5) - As Constituições Gerais elencam uma série de qualidades do Ministro que devem estar presentes em sua gestão: “Os responsáveis pela OFS em cada nível sejam irmãos professos perpétuos, convencidos do valor da vida evangélica franciscana, atentos, com visão larga e generosa à vida da Igreja e da sociedade, abertos ao diálogo, disponíveis para dar e receber ajuda e colaboração” (Art 31, 2). Gostaria que você e seu Conselho refletissem sobre estes pontos: você precisa acreditar na Ordem, vestir a camisa, os irmãos nunca poderão pensar que você perdeu o gás e faz coisas por fazer; precisa abrir-se às grandes necessidades da Igreja e do mundo, abrir-se ao diálogo. Quanta coisa: mundo da indiferença, do consumismo, do legalismo, do devocionalismo sem engajamentos, das confusões da linha do gênero, do ser pai, ser mãe... É assim que você pode efetuar o trabalho de lavar os pés dos irmãos... no seu triênio de ministro. Você prestou atenção que as Constituições falam de uma visão ampla e generosa. Por detrás disto está o espirito de criar o novo. Estou convencido que muitos não entram na OFS porque tudo é estático, seco, sem vida, sem amanhã... Ninguém gosta de frequentar espaços sem viço...
6) - E você, com seu Conselho, vão preparar da melhor maneira as reuniões, difundirão ânimo e vida fraterna, criando o novo nas reuniões e motivando a todos a se engajarem na vida apostólica (cf. CCGG 31,4).
7) - Gostaria de chamar atenção para a questão do acompanhamento da Fraternidade. Esse é um aspecto fundamental. Ninguém pode faltar a uma reunião, sem motivo. A presença de todos é sinal de senso de pertença. A ausência regular e os pedidos de afastamento devem questioná-lo (a). O amor não pode ser fingido. Leia com o seu Conselho muitas vezes 1Coríntios 13, 1-13. Há manifestações de amor no jeito de acolher, no respeito pelas pessoas, no sigilo a ser guardado, na visita aos doentes, na busca dos afastados, no evitar juízos precipitados, no fato de não se comentar nada a respeito dos irmãos. Nunca será uma Fraternidade fechada, um ninho quente, um refúgio de pessoas sem coragem. Você cuidará disso.
8) - Fique atento para que certos irmãos não “inventem” pertenças desnecessárias a outros grupamentos. De repente, sem formação adequada, eles passam a borboletear de flor em flor e não serão pessoas cristãmente realizadas. Cuide também que os ditos irmãos não venham a se engajar demais na pastoral em detrimento sério da construção da fraternidade.
9) - Procure sondar se houve ou há ressentimentos. Converse com o Assistente sobre o assunto. Lute quanto puder para extirpar essa erva daninha do ressentimento que corrói os relacionamentos em nossas Fraternidades que, infelizmente, podem ser espaços de competição e de inveja. Os irmãos precisam se perdoar... Escrevo isso, mas sei quanto é difícil.
10) -Espero que você esteja convencido (a) da importância de cada irmão. Não entro nos pormenores. Ninguém pode ser esquecido, menosprezado, discriminado. Há dotes e talentos que os irmãos e irmãs ainda não revelaram . Procure descobri-los. É sua missão olhar com atenção “os irmãos que Deus lhe deu”. Sua Fraternidade se enriquecerá quando puder contar com a colaboração criativa de todos. Não me canso de dizer: nossa riqueza são nossas Fraternidades. A credibilidade da OFS depende da qualidade da vida fraterna. Um documento de orientação de vida dos franciscanos seculares franceses, anterior à Regra de Paulo VI, assim se exprimia: “Todo homem é um dom do Senhor. Queremos reconhecer em cada um deles um irmão e nós mesmos pretendemos agir como irmãos. Haveremos de nos dirigir a todos os homens sem nos deixar desviar por considerações de raça, classe, ambiente social, poder econômico, ideologia, cultura, religião ou moral. Recusamos condenar e fazer julgamentos maldosos e ultrapassar todas as classificações nas quais o homens costumam se fechar uns aos outros. Haveremos de manifestar respeito por todos os homens. Acolher-los-emos. Prestaremos atenção às suas necessidades e expectativas. Queremos trocar idéias com todos e com todos partilhar. Prestando serviço aos irmãos haveremos de nos mostrar alegres e despretensiosos. Queremos amá-los não em palavras, mas por meio de atos, persuadidos que somente o amor é fonte de felicidade e de salvação, para eles e para nós”.
11) - Sua Fraternidade precisa ser ativa. Sei que os idosos podem pouco, mas podem um pouco. A Igreja precisa dos irmãos e das irmãs. Fomos chamados a restaurar o tecido esgarçado da Igreja, a reconstruir a Igreja. Que os irmãos não “ingressem” de qualquer jeito em pastorais. Devem fazê-lo, mas com competência e de maneira aberta, evangelicamente abertos. Que ninguém dos nossos irmãos são retrógrados, ultrapassados, carolas, piegas....Não estou defendendo aqui uma adaptação ilegítima aos tempos, mas tenho certeza que o Espirito está levando a Igreja e a pastoral para novas direções. Deus nos livre que os franciscanos seculares atravanquem a renovação...
12) - Estou convencido que você já está fazendo o que agora sugiro: reze todos os dias pelos seus irmãos, seja um dezena do terço, seja uma parte do ofício franciscano. Ofereça a Deus sacrifício pelos irmãos. Queria lhe pedir uma coisa, se fosse possível: participe todos os dias da Missa.
13) - Se de um lado os irmãos farão, sob sua orientação, experiência de fraternidade, também farão uma experiência de Deus. Queria lhe pedir com todo carinho: não deixe que os retiros sejam meros encontros, sem silêncio, sem profundidade, sem dimensão de interioridade. Não queremos Fraternidades compostas por pessoas superficiais. A experiência de Deus se faz também através de dias ou de noites de recolhimento sem muita papelada, sem muito barulho, sem muitos gritos estridentes. O Senhor costuma falar na brisa suave. Atente para isso.
14) - Não desanime diante da fragilidade e do pecado do irmão. Leia com calma a Carta a um ministro:“Nisto reconhecerei que amas realmente o Senhor e a mim, servo dele e teu, se fizeres o seguinte: não haja irmão no mundo, mesmo que tenha pecado a não poder mais, que, após ver os teus olhos, se sinta talvez obrigado a sair de tua presença sem ter obtido misericórdia se misericórdia buscou”.
15) - Fiquei sabendo de uma Fraternidade, cujos irmãos passando pelas ruas, andam recolhendo trapos humanos e tratando-os com todo carinho. Alguns deles começaram a participar de reuniões da Fraternidade e hoje são simpatizantes. Em breve esses restos humanos sentir-se-ão inseridos no cortejo dos penitentes franciscanos e serão pessoa gratas para sempre.
16) - Faça tudo como as Constituições e Orientações nacionais ditam. Não negligencie nada... mas, juntamente com o seu Conselho e sua Fraternidade, invente o novo, sem demora: encontros para discutir os grandes problemas de hoje, grupos de oração do tipo das oficinas de oração, presença aberta no mundo. Não se esqueça que o Espirito quer que você e sua Fraternidade escrevam uma página nova.
17) - Vou terminando. Muitos mais queria lhe dizer. Há mais dez anos venho me ocupando da OFS em nível regional (Rio e São Paulo) e em plano nacional e penso que as palavras que escrevi podem ser úteis a você, querido irmão ministro, querida irmã ministra. Gostaria de terminar essa carta com um texto de João Paulo II, em mensagem dirigida aos capuchinhos italianos por ocasião de Capítulo das Esteiras, 29 de outubro de 2003. É um texto que fala da minoridade franciscana. Outros preferem a expressão minorismo franciscano: “A minoridade comporta um coração livre, desprendido, humilde, manso e simples, como Jesus nos propôs e como Francisco o viveu; exige uma total renúncia de si mesmo e uma plena disponibilidade para Deus e para os irmãos. A “minoridade vivida expressa uma força desarmada e desarmante da dimensão espiritual da Igreja e do mundo. E não somente isso! A verdadeira minoridade liberta o coração e torna-o disponível para o amor fraterno, cada vez mais autêntico, e que se dilata em uma ampla constelação de comportamentos típicos. Favorece, por exemplo, um estilo caracterizado pelas atitudes de simplicidade e sinceridade, de espontaneidade e concretude, de humildade e de alegria, de abnegação e disponibilidade, de proximidade e de serviço, especialmente com relação ao povo e às pessoas mais pequeninas e necessitadas”. Você, meu caro (a) ministro (a) será muito feliz em sua missão deixando-se impregnar desse espírito.

    Um grande abraço, toda a estima e todos os bens
    (*) Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
    Assistente Nacional da OFS pela OFM e Assistente Regional do Sudeste III

    14 junho 2011

    Monges gêmeos morrem da mesma doença no mesmo dia

    Julian e Adrian Riester

    Julian e Adrian Riester passaram a vida toda juntos e fizeram as mesmas escolhas. O que poderia estar por trás dessa ligação tão forte?

    Dois monges franciscanos, gêmeos idênticos, que passaram a vida toda juntos, morreram no mesmo dia, praticamente na mesma hora, da mesma doença.
    Os gêmeos americanos Julian e Adrian Riester nasceram com poucos minutos de diferença e morreram no mesmo dia, 1º de junho, aos 92 anos, de insuficiência cardíaca. Pela manhã, faleceu Julian. À noite, foi a vez de Adrian.

    Os dois estavam hospitalizados. Adrian recebeu a notícia de que o irmão tinha morrido e não resistiu. Mas será que alguém é mesmo capaz de decidir a hora de ir embora?

    Em um filme caseiro de aniversário, os dois, sem saber, aparecem conversando com outras pessoas na mesma posição, com os braços para frente. Foi assim, tudo igual, tudo junto, desde a juventude.
    Depois de cursar a mesma escola, os irmãos Riester pensaram em ser militares. Mas, na apresentação como voluntários, ambos foram recusados pelo exército: um tinha problemas de visão no olho esquerdo e o outro, no direito.
    Oito anos mais tarde, mais uma vez juntos, Julian e Adrian decidiram seguir a vida religiosa. Entraram juntos para a Ordem dos Franciscanos aos 27 anos de idade. Pouco tempo depois, foram mandados para trabalhar em uma universidade na pequena cidade de Allegany, ao norte do estado de Nova York.
    Em 1956, Adrian foi transferido para outra cidade. Julian permaneceu no lugar e ficou muito doente poucos dias depois. Ele visitou médicos, tomou remédios, fez tratamentos, mas só ficou bom mesmo, quando os franciscanos perceberam que os dois tinha que ficar juntos. Eles trouxeram Adrian de volta, Julian se recuperou e os dois seguiram trabalhando, lado a lado, até o fim da vida.
    No funeral dos irmãos inseparáveis, parentes e amigos estavam tristes, mas confortados. O primo Brian diz que, durante toda a vida, Adrian e Julian foram as pessoas mais honradas que ele já conheceu. Brincou, dizendo que, quem sabe, o Papa deveria até transformar os dois em santos.
    Perguntamos à diretora da universidade onde eles trabalhavam se ela acredita de verdade que poderia mesmo existir uma ligação inexplicável entre Adrian e Julian. Ela acha que, em certas vidas, existe mesmo uma profunda conexão entre as pessoas. E diz que, no caso dos irmãos Riester, ela foi muito mais profunda por causa do amor dos dois a Deus.
    Gêmeos, casais, parentes que morrem quase ao mesmo tempo de causas naturais. O que poderia estar por trás dessa ligação tão forte? Como a do poeta Carlos Drummond de Andrade, que morreu duas semanas depois da filha, a escritora Maria Julieta, em 1987.
    Um estudo feito na Universidade de Saint Andrews, na Escócia, mostra que o risco de morrer para quem fica viúvo aumenta em até 40% nos primeiros seis meses depois da perda do companheiro. O psiquiatra Miguel Chalub acha que pelo menos no caso dos frades americanos a resposta pode estar no código genético.
    “Extinguiu-se a programação, e a pessoa morre, mesmo que não tenha conhecimento da morte do outro”, diz.
    Mas ele acha que também que pode existir a certeza de que a vida fica impossível quando a pessoa mais querida vai embora.
    “Quando um morre, é como se o outro ficasse desamparado, ficasse pendurado no ar. Foi-se embora uma parte minha. E algumas pessoas não conseguem lidar com essa perda e vão embora também, quer dizer, morrem também”, conclui.

    fonte: site Fantástico