Estava tudo preparado: irmãos da fraternidade já estavam mobilizados para ir na comunidade, combinaram os detalhes que faltavam e todos de carro se encontraram em frente a Matriz Nossa Senhora Aparecida. Em quatro carros, 14 pessoas, partiram rumo a comunidade de Santo Antônio de Pádua que fica na Colônia Rodrigo e Silva, zona rural de Porto Feliz.
A fraternidade também ficou responsável pela liturgia da Missa, pelos cânticos. O presidente da celebração foi nosso diretor espiritual frei Frei Gilberto Marcos Sessino Piscitelli, OFM, que veio da paróquia Santo Antônio de Sorocaba e consigo, ele trouxe uma relíquia de Santo Antônio.
Homilia
Com profundidade, e singeleza nas palavras Frei Gilberto, falou da vida de Fernando, jovem sério, sonhador e de muita Fé, que quando ingresso na Ordem, recebeu o nome de Antônio. O Frei explicou o tema da noite "Santo Antônio, seguidor de São Francisco de Assis". Ele ingressou na congregação dos agostinianos e ali se tornou religioso e foi ordenado sacerdote, porém, neste período São Francisco formou a Ordem Franciscana, e Santo Antônio nem sabia disto. Alguns franciscanos foram para pregar o evangelho em Marrocos, na terra dos árabes, passaram pelo convento onde Santo Antônio estava, ele viu aqueles frades e se admirou com o testemunhos destes que queria se entregar para o martírio, tempo depois, voltaram só os corpos decapitados. Santo Antônio vendo, desejou ser martirizado (morrer pela Fé), e viu que na ordem agostiniana isto não seria possível, e eles aceitaram que Fernando fosse para a Ordem Franciscana, ai mudou-se o seu nome para Antônio, como frade, ele queria ir pra Marrocos para também ser frade, porém chegando em Marrocos, ele ficou doente, tremia, não andava, ficou três meses doentes, acredita-se que tenha pegado Malária. A partir daí, ele voltou embora e foi para Portugal, durante a viagem, uma forte ventania, obrigou a embarcação para ir na Cecília, sul da Itália, uma ilha. Foi acolhido num convento. Deus não queria que Santo Antônio fosse mártir, Ele queria mais dele, NO convento oi no grande capítulo das Esteiras em 1221 onde ele se encontrou com São Francisco. Todos os frades eram designados para alguma função, mas o frei Antônio era tido como aquele que não servia para muita coisa, e foi designado no convento para celebrar Missas e fazer serviços mais humildes. Enquanto isto, humildemente, foi estudando e aprendendo cada vez mais das coisas de Deus.
Relato baseado nas homilia do Frei Gilberto, OFM.
"Sua vida de pregação começou num episódio, quando em uma ordenação de frades dominicanos, e os franciscanos foram convidados e foram lá para ordenação, o superior dos dominicanos pediu para os franciscanos dirigir-lhes a Palavra para todos, e fez questão que eles pregassem pois eram os visitantes, temendo errar, o guardião do convento escolheu frei Antônio para falar, pois se errasse, seria fácil explicar que era o mais humilde do convento limpava chão, veio de Portugal e não sabia direito o Italiano. E foi neste episódio que ele surpreendeu a todos, quando lindamente falou da Palavra de Deus, e encantou. Mais tarde ele foi chamado pelo Papa Gregório IX (mesmo Papa que o canonizou), e pode lhe pregar a palavra, o Papa o chamou de "a arca do Testamento" ou seja, ele sabia de cor todo o novo testamento, sabia de cor, citava muito o evangelho em suas pregações.
Este é o seguidor de São Francisco de Assis, e hoje ele é, conforme define Frei Gilberto:
"Pra nós (ele Santo Antônio) significa esta força de alguém que deseja muita coisa, mas que acima de tudo deixa tudo se coloca nas mãos de Deus e nós temos que ter esta coragem esta força, esta vontade, esta disposição de colocarmo-nos nas mãos de Deus e dizermos "Meu Deus minha vida está em vós, em tuas mãos, faça de mim o que quiseres e eu vou conseguir na medida que eu posso, e vou fazer tudo aquilo que eu posso com amor e carinho", mas é Deus que determina o rumo da nossa vida, nós somos meros instrumento na vida de Deus, e Antônio de Pádua entendeu isso, entendeu todos este amor e bondade de Deu, teve a compreensão deste amor, e se colocou nas mãos de Deus nosso Pai e é o grande exemplo é o Santo que nós dizemos que é do mundo inteiro, não de Lisboa, Pádua, enfim, mas de toda a parte de todo o mundo ele é querido e amado, por que ele foi íntimo de Deus".
Irmãos da Fraternidade fizeram a Proclamação das leituras e salmo, a oração da comunidade foi cantada. No altar participaram diácono Valmir de Oliveira e o ministro Henrique Martorano, OFS.
Em nome da paróquia o diácono agradeceu a participação do fraternidade e do frei Gilberto, a comunidade em gratidão lhe presenteou com uma lembrança.
fotos e texto: Felipe Miranda
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