30 outubro 2011

Entendendo a importância do dia 27 de outubro

 

Algumas pessoas, me questionaram da cobertura do dia 27, sobre a Jornada realizada na cidade de Assis. Aproveito para explicar a todos.

Assis, cidade de São Francisco de Assis um ex-militar, que se despojou e buscou a Deus, abriu mão do conforto, riqueza e viveu o Evangelho de Jesus, viveu intensamente a Paz. Homem da sabedoria, do diálogo, da Paz.

Junto ao Pai Francisco, uniu à este ideal de vida, Santa Clara, uma mulher de exemplo, mulher de vida contemplativa, mulher toda-oração.

Por isto a cidade de Assis foi escolhida, celeiro da Paz, do Amor e da Oração, assim em 1986, com Papa João Paulo II, começou nesta cidade o dia Mundial de Oração pela Paz e Não Violência. Congregando irmãos, filhos de Deus, para também orar em comum e assumir um grande compromisso de Paz e Unidade. Mais de 300 líderes religiosos, Cristãos e não-cristãos e ateus, em busca da Paz.

Por isto, se faz importante buscar sobre este assunto, e fazermos nossa parte nesta cultura de Paz. Em Porto Feliz também tivemos a Semana pela Paz, porém, sua programação foi mau divulgada, nem mesmo este que vos escreve recebeu a programação.

Mas a Semana, teve presença-convite na Câmara dos Vereadores na terça-feira dia 25, Missa mensal na Mãe dos Homens, missa na São Benedito no dia 27, e na sexta-feira Sarau pela Paz na casa da Cultura que este ano teve grande presença, e lindas participações. Pena que faltou divulgação maior.

Um outro detalhe: a cobertura desta jornada pela Paz, e a cobertura do Capítulo Geral, fizeram a audiência do Blog Movimento de Assis dobrar de acessos.

Felipe Miranda

Discurso de despedida do Papa na Jornada pela Paz em Assis

 

Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé
(Tradução de Thaysi Santos)

Discurso de despedida do Santo Padre Bento XVI ao término da Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo
"Peregrinos da verdade, peregrinos da paz"

Assis, Itália
Quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ao término desse dia intenso desejo agradecer a todos vocês. Viva gratidão vai àqueles que fizeram com que fosse possível o encontro de hoje. Agradeço em particular quem, mais uma vez, nos hospedou: a cidade de Assis, a comunidade desta diocese com o seu bispo, o filho de São Francisco, que cuida da preciosa herança espiritual do pobrezinho de Assis. Um obrigado também aos numerosos jovens que participaram a pé da peregrinação da Santa Maria dos Anjos para testemunhar como, entre as novas gerações, são tantos a se empenhar para superar a violência e a divisão e serem promotores da justiça e da paz.


Ao término desse dia intenso desejo agradecer a todos vocês. Viva gratidão vai àqueles que fizeram com que fosse possível o encontro de hoje. Agradeço em particular quem, mais uma vez, nos hospedou: a cidade de Assis, a comunidade desta diocese com o seu bispo, o filho de São Francisco, que cuida da preciosa herança espiritual do pobrezinho de Assis. Um obrigado também aos numerosos jovens que participaram a pé da peregrinação da Santa Maria dos Anjos para testemunhar como, entre as novas gerações, são tantos a se empenhar para superar a violência e a divisão e serem promotores da justiça e da paz.


O evento de hoje é uma imagem do quanto a dimensão espiritual é o elemento-chave na construção da paz. Através dessa peregrinação única nós pudemos nos engajar num fraternal diálogo, para aprofundar nossa amizade, e vir juntos em silêncio e oração.
Depois da renovação dos nossos compromissos pela paz e troca um com o outro de um sinal de paz, nos sentimos cada vez mais profundamente envolvidos, junto com todos os homens e mulheres das comunidades que nós representamos, na nossa comum jornada humana.


Nós não estamos sendo separados, vamos continuar nos encontrando, nós continuaremos a estar unidos nessa jornada, em diálogo, na construção diária da paz e no nosso compromisso para um mundo melhor, um mundo em que todo homem, toda mulher, todas as pessoas possam viver em harmonia com suas próprias e legítimas aspirações.
De coração eu agradeço todos vocês aqui presentes por terem aceito meu convite para vir a Assis como peregrinos da verdade e da paz e eu agradeço cada um de vocês nas palavras de São Francisco: "Que o Senhor lhes conceda a paz".


Discurso Aos participantes da Jornada de reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo

 


Sala Clementina
Sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Distintos Convidados,
Queridos Amigos,

Acolho-vos, nesta manhã, no Palácio Apostólico e agradeço-vos mais uma vez por vosso desejo de participar na 
Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo, realizada ontem, em Assis, 25 anos depois daquele histórico primeiro encontro.
Em certo sentido, este encontro é representativo dos bilhões de homens e mulheres que, em todo o nosso mundo, estão ativamente engajados na promoção da justiça e da paz. É também um sinal da amizade e fraternidade que floresceu como fruto dos esforços de muitos pioneiros neste tipo de diálogo. Possa esta amizade continuar a crescer entre os seguidores das religiões do mundo e com os homens e mulheres de boa vontade em toda parte.
Agradeço aos meus irmãos e irmãs cristãos por sua presença fraternal. Agradeço também aos representantes do povo judeu, que são particularmente próximos a nós, e a todos vós, distintos representantes das religiões do mundo. Eu sei que muitos de vós tendes vindo de longe e empreenderam uma viagem exigente. Expresso a minha gratidão também para com aqueles que representam as pessoas de boa vontade que não seguem uma tradição religiosa, mas estão comprometidas com a busca da verdade. Eles estiveram dispostos a compartilhar conosco desta peregrinação como um sinal de seu desejo de trabalhar juntos para construir um mundo melhor.
Olhando para trás, podemos apreciar a visão do falecido
Papa João Paulo II em convocar o primeiro encontro de Assis, e a necessidade contínua de homens e mulheres de diferentes religiões testemunharem que a viagem do espírito é sempre um caminho de paz.


Encontros deste tipo são necessariamente excepcionais e pouco frequentes, mas são uma expressão viva do fato de que todos os dias, em todo o mundo, pessoas de diferentes tradições religiosas vivem e trabalham juntas em harmonia. É certamente significativo para a causa da paz que tantos homens e mulheres, inspirados por suas convicções mais profundas, estejam empenhados em trabalhar para o bem da família humana.


Desta forma, tenho certeza de que o encontro de ontem deu-nos uma noção de o quanto seja genuíno o nosso desejo de contribuir para o bem de todos os nossos companheiros seres humanos e o quanto temos a compartilhar um com o outro.
À medida que seguimos nossos caminhos separados, busquemos força nesta experiência e, onde quer que estejamos, continuemos a atualizá-la no nosso caminho que conduz à verdade, a peregrinação que conduz à paz. Agradeço a todos vós de todo o meu coração!


Fotos de Assis: Jornada de Reflexão, Diálogo e Oração pela Paz e Justiça no Mundo

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Álbum de fotos:

http://www.flickr.com//photos/cancaonova/sets/72157627988915328/show/

 

AS RELIGIÕES MUNDIAIS EM ASSIS

 

29/10/2011 -

Assis, mais uma vez, capital mundial da paz. "Violência nunca mais, guerra nunca mais, terrorismo nunca mais! Em nome de Deus, que toda religião traga sobre a terra justiça e paz, perdão e vida, amor". É com este apelo, o mesmo do seu antecessor João Paulo II, que Bento XVI concluiu nesta quinta-feira a Jornada de Diálogo e Oração pela Paz e pela Justiça, realizada na cidade de São Francisco a 25 anos do encontro desejado pelo Papa Wojtyla no dia 27 de outubro de 1986.
Foram 300 representantes das religiões mundiais que participaram da "peregrinação" e, com eles, a novidade desejada pelo Papa Ratzinger, também figuras significativas do mundo dos "não crentes", partícipes dessa busca de verdade e de paz.
A primeira etapa dessa intensa jornada ocorreu de manhã, na Basílica de Santa Maria dos Anjos. Foi lá que, com articulações diversas, foram reiteradas as razões da paz e do diálogo entre as religiões. Os ortodoxos, com o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, o arcebispo de Canterbury e primaz anglicano, Rowan Williams, o rabino-chefe David Rosen, e depois representantes do Islã, do mundo budista, um líder religioso hindu, das religiões tradicionais africanas, até uma agnóstica, a filósofa e psicanalista "humanista" francesa Julia Kristeva.
A queda do Muro
Foi uma reflexão coletiva concluída por Bento XVI com um balanço sobre esses 25 anos. Que começou com a queda do Muro de Berlim, símbolo da divisão do planeta em dois blocos contrapostos, que decorreu "sem derramamento de sangue" em 1989 – três anos depois da convocação de Assis –, para enfatizar a importância da demanda de liberdade espiritual. Uma demanda, observou, que foi mais forte do que o medo da violência e dos arsenais de armas destrutivas. Não houve o grande conflito, mas quanta discórdia, quanto violência, quanta falta de paz se seguiu.
"Certamente, não se pode dizer que a situação seja caracterizada por liberdade e paz", afirmou. O pontífice destacou dois "novos rostos da violência e da discórdia". Há o "terrorismo", que também encontrou uma motivação religiosa, mas há também "a decadência do homem". Um modelo cultural que leva à adoração do dinheiro e à ideologia "do ter e do poder".
Bento XVI apresentou-o como uma "contrarreligião, em que o homem não conta mais, mas só a vantagem pessoal". Ele denunciou aquele desejo de felicidade que degenera em "uma ganância desenfreada e desumana", que "se manifesta no domínio da droga com as suas diversas formas".
É assim, observou, que a violência "se torna uma coisa normal e ameaça destruir, em algumas partes do mundo, a nossa juventude". Assim "destrói-se a paz", e "o homem destrói a si mesmo". É o efeito daquela "ausência de Deus", que "leva à decadência do homem e do humanismo".
No entanto, também houve na história uma violência exercida pelos cristãos em nome de Deus. O Papa Ratzinger reconheceu isso com "vergonha", quase como um convite aos outros líderes religiosos a fazerem o mesmo. "Mas – pontualiza – foi uma utilização abusiva da fé cristã, em evidente contraste com a sua verdadeira natureza". A religião dos cristãos deve ser continuamente "purificada", para que seja "verdadeiramente instrumento da paz de Deus no mundo".
E foi precisamente com esse pedido de "purificação" que Ratzinger explicou o seu convite aos "agnósticos". "Eles buscam a verdade. Estão em busca de Deus. Sofrem com a sua ausência e buscam a verdade e o bem". Ele os definiu como "peregrinos da verdade, peregrinos da paz". Há mais uma razão. Eles estimulam os seguidores das religiões a não considerar Deus "como uma propriedade que pertence a eles, de modo a se sentirem autorizados à violência contra os outros". A dificuldade de muitos a acreditar depende também dos maus crentes, que "deturpam Deus".
Kristeva não deve tê-lo decepcionado. "O encontro das nossas diversidades aqui em Assis – afirmou ela em seu discurso – testemunha que a hipótese da destruição não é a única possível", e "a refundação do humanismo não é nem um dogma providencial, nem um jogo do espírito. É uma aposta".
Oração individual e depois peregrinação até a Praça de São Francisco, em frente ao Sagrado Convento para as delegações dos religiosos. Lá, repetiu-se a solene cerimônia da paz. A declaração conjunta, o acendimento das velas e a troca do sinal da paz.


A reportagem é de Roberto Monteforte, publicada no jornal L'Unità, 28-10-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Bento XVI destaca papel das religiões para trabalharem pela paz no mundo

 

Agencia EFE

Cidade do Vaticano, 28 out (EFE).- O papa Bento XVI expressou nesta sexta-feira uma grande satisfação com o encontro inter-religioso realizado na última quinta-feira, reafirmando que a cada dia pessoas de diferentes tradições religiosas vivem e trabalham juntas a favor da paz.

No encontro, que ocorreu em Assis, na monumental sala Clementina do Vaticano, o pontífice recebeu 300 líderes de diferentes religiões, assim como quatro ateus, que se comprometeram a trabalhar pela paz no mundo com a intenção de reduzir os espaços para a violência, a guerra e o terrorismo.

'Encontros como este ocorrem por motivos excepcionais e são pouco frequentes, mas conseguem mostrar que a cada dia, no mundo todo, pessoas de diferentes tradições religiosas vivem e trabalham juntas em harmonia', afirmou.

O papa Bento XVI também agradeceu a presença de cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e outros integrantes de religiões tradicionais da América e África, além dos quatro intelectuais ateus.

Um desses quatros - o filósofo mexicano Guillermo Hurtado, membro do Instituto de Pesquisas Filosóficas da Universidade Nacional Autônoma do México - destacou que embora não sigam nenhuma religião, 'estão comprometidos na busca da verdade para construir um mundo melhor'.

Além de advogar pela paz e a justiça no mundo, Bento XVI reconheceu 'com vergonha' - como ele mesmo disse - a violência causada pelos cristãos ao longo da história.

O papa ainda afirmou que o terrorismo, a adoração do poder e as drogas são os 'novos rostos' da violência no atual momento do mundo. EFE

jl/fk

Um pouco mais sobre a Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo

 

O papa Bento XVI na quinta-feira em Assis,  região central da Itália, foi acompanhado de 300 líderes de diferentes religiões procedentes de 50 países para participar na cidade de São Francisco na Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo.

O pontífice e os líderes religiosos, que viajaram a partir de Roma de trem, partiram da estação à basílica de Santa Maria dos Anjos, onde fica Porciúncula, localidade onde São Francisco viveu, fundou a ordem franciscana e morreu.

Nesta data é lembrado os 25 anos do encontro histórico de religiões convocado pelo papa João Paulo II em 1986 nesta mesma cidade com objetivo de mostrar 'uma singela' contribuição de homens religiosos e de boa vontade à construção de um mundo melhor.

Na basílica de Santa Maria dos Anjos, a quatro quilômetros de Assis, o papa e os principais líderes religiosos devem falar. À tarde, depois do almoço, cada um terá seu momento de reflexão ou oração. O objetivo é que não haja confusão e se permita a união.

Durante a tarde todos irão até a basílica de São Francisco para renovar de maneira solene seu compromisso pela paz e colocarão a tradicional lâmpada da paz.

Entre os presentes estão 31 delegações de igrejas cristãs, com destaque para a presença do Patriarca Ecumênico (ortodoxo) de Constantinopla, Bartolomeu I; e o arcebispo de Canterbury (anglicano), Rowan Williams.

Assistem ainda representantes de religiões tradicionais da América e da África, assim como do

budismo,

confucionismo,

jainismo,

sique,

taoísmo e

zoroastrismo.

Entre os participantes esteve Rajmohan Gandhi, neto do Mahatma Gandhi.

No encontro participaram ainda muçulmanos de todos os países árabes, do Oriente Médio e da Indonésia, assim como dirigentes judeus.

Não compareceu, no entanto, a instituição islâmica Al-Azhar, do Cairo; e o Dalai Lama, que foi convidado, mas declinou ao convite por motivos de agenda.

Quatro ateus, personalidades do mundo da cultura e da ciência, fecham o leque do unidade. Uma novidade nesta edição é o espaço para entrevistas. EFE

fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/10/bento-xvi-e-lideres-religiosos-se-reunem-em-assis-para-pedir-pela-paz.html