28 abril 2009

Notinhas da Igreja

Votorantim
A Arquidiocese de Sorocaba realizou domingo na igreja São José, ao lado da Fiação Alpina, na rua Amirtes Louvison, no bairro Barra Funda, em Votorantim, a missa solene de implantação da Paróquia São José. A celebração foi feita pelo arcebispo Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues. A nova paróquia, a 5ª de Votorantim, atenderá as comunidades São Pedro, no bairro Fornazari; Nossa Senhora Desatadora de Nós, Santo Antonio 2; Nossa Senhora da Conceição, Karafá; Imaculado Coração de Maria, Votocel; e Santo Expedito, Parque São João.

Sorocaba
Terço dos Homens! Aconteceu ontem, dia 27/4, das 19h30 às 20h30, na Capela do
Santíssimo, da igreja de Santa Rosália.

Como sempre, como gesto concreto, solicitamos a caridade do Irmão em doar 1
litro de leite longa vida. Desta feita, será destinado para o GRARC (Grupo de
Recuperação e Apoio Rumo Certo), entidade voltada à recuperação de dependentes
de álcool e drogas.



Ordenações presbiterais acontecem em maio






A data para as ordenações presbiterais da Arquidiocese de Sorocaba já foi definida: será dia 03 de maio, a partir das 16h, no Clube União Recreativo – Sede Campestre.


A 6ª turma de Teologia do Instituto João Paulo II é composta pelos diáconos Aroldo Fernando Turino (paróquia São José Operário), Claudinei Pantojo (paróquia Nossa Senhora de Fátima), Fausto Culbert (paróquia Santa Maria dos Anjos), José Amaro da Silva (paróquia Nossa Senhora da Piedade – Piedade), Ricardo Cirino Vaz (paróquia Nossa Senhora da Piedade – Éden), Washington Pascoal Ribeiro (paróquia São Bento) e William de Almeida (paróquia Nossa Senhora da Consolata – Votorantim).


O lema escolhido pela turma é “Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedec” (Sl 110,4). O Clube Recreativo fica Rua Francisco Paulo Braion, 650 – no bairro Guadalajara.



Porto Feliz
Está chegando, a festa de São José e São Bento e também da Comunidade Santa Cruz Avecuia do Alto, as duas são da Paróquia Nossa Senhor Aparecida. Dentro em breve iremos divulgar a programação.

Ano Catequético

19 de abril


Outro assunto discutido foi sobre a abertura do ano catequético, no dia 19 de abril, com celebrações especiais em todas as paróquias do Brasil. Neste dia, às 11h a Catedral da Sé, em São Paulo , será palco de uma missa especial em comemoração ao ano catequético.


O que é o GRECAT?


A fim de ajudar na operacionalização do documento Catequese Renovada, o GRECAT foi criado em 1984. Acompanha a reflexão e sistematização da catequese. É responsável pela produção de textos, animando a caminhada catequética. É formado por catequistas: religiosas/os, leigas/os e presbíteros, que se reúnem duas vezes ao ano.


Por que um ano Catequético?


A Igreja ao celebrar 50 anos do primeiro Ano Catequético, quer dar continuidade e dinamismo ao movimento catequético e fazer com que todas as Dioceses, Paróquias e comunidades sejam de fato comunidades catequizadoras, cuja centralidade é a formação para o discipulado. Neste sentido, a 44ª Assembléia Geral dos Bispos (2006) aprovou por unanimidade a realização de um Ano Catequético. A iniciativa é resultado da importância e valorização que a Igreja vem dando à CATEQUESE, como ficou expresso no processo de elaboração do Diretório Nacional de Catequese (DNC – 2002 a 2005); e também na V Conferência de Aparecida. Sem o impulso da catequese não há como formar discípulos missionários.


O documento Catequese Renovada publicado em 1983 foi um grande impulso para uma catequese bíblica centrada no princípio fé/vida. Foi muito bem operacionalizado pela linha 3 da CNBB, através de uma coordenação nacional. Nessa onda de renovação surgiram as semanas brasileiras de Catequese, a primeira em 1986, com o tema “Fé e Vida em Comunidade” e a segunda, em 2001, com o tema “Com Adultos, Catequese Adulta”. O Ano Catequético Nacional em 2009, com a realização da 3ª Semana Brasileira de Catequese de 6 a 11 de outubro em Itaici, cujo tema é “Iniciação à Vida Cristã”, vem consolidar esta caminhada e apontar luzes e pistas para os novos desafios da realidade.

Encontro em Assis

















Pela primeira vez na história, Assis acolheu toda a Família franciscana no lugar onde tudo teve início, diante da Porciúncula, hoje conservada na Basílica de Santa Maria dos Anjos, construída para proteger a pequena igreja, onde São Francisco compreendeu que devia viver "segundo o santo Evangelho".foi o grande encontro historico e sempre muito atual momento de unidade e fraternidade entre a familia de são francisco e santa clara,dias 15,16 ,17 e 18 de abril de 2009 aconteceu o capitulo das esteiras que marcou um tempo de profunda intimidade evangelica e fraterna,era o grande sonho de francisco que seus frades vivessem em fraternidade como irmãos menores o amor entre eles seria como um amor de maê, assim ela comparava e dizia como devia ser a vida fraterna.



O capitulo internacional das esteiras se configurou solenemente nas celebrações dos 800 anos da ordem tempo de celebrar em clima de fraternidade e unidade a caminhada do carisma nestes 800 anos de vida e missão neste chão.















Do grande encontro, que celebra o oitavo centenário de fundação da Ordem franciscana, participaram 2.000 frades representando os cinco continentes; dos quais 1.300 são italianos e 700 estrangeiros. Ponto alto do grande encontro franciscano foi a audiência com o Papa Bento XVI, dia 18, sábado, no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Na tarde do mesmo dia, uma delegação de 25 franciscanos, guiada por Ministros Gerais, fizeram uma visita ao Presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, na residência de Castel Porziano. o capitulo das esteiras sempre será um espaço de fraternidade e escuta atenta ao santo evangelho marca um tempo de recipocidade e partilha da caminhada da familia franciscana.

ave maria





"A oração da ave-maria,
tão profundamente assimilada,
juntamente com o pai-nosso,
à piedade diária dos cristãos
desde os primeiros balbucios das crianças,
encerra todas as riquezas do mistério de Deus em Maria.

É qual mina de ouro;
quanto mais se cava mais pepitas vêm à tona.
Na breve oração da ave-maria
se cristalizou a memória coletiva dos cristãos.
Com sua recitação trazemos à tona da consciência,
do louvor e da petição
aquilo que se passa no nível do mistério."


Leonardo Boff




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26 abril 2009

Simbolos - O crucifixo de Sao Damiao


O Crucifixo de São Damião foi pintado no século XII por um desconhecido artista da Úmbria, região da Itália.

A pintura é de estilo romântico, sob clara influência oriental: o pedestal sobre o qual estão os pés de Cristo pregados separadamente; e de influência siríaca: a barba de Cristo; a face circundada pelo emoldurado dos cabelos; a presença dos anjos e cruz com a longa haste segurada na mão, por Cristo (só visível na pintura original), no alto, encimando a cruz.

O Crucifixo original de São Damião está guardado com grande zelo pelas irmãs Clarissas, na Basílica de Santa Clara de Assis, e é visitado por estudiosos, devotos e turistas do mundo todo. É um monumento histórico franciscano e universal.

Outros dados• Sem o pedestal, o Crucifixo original mede dois metros e dez centímetros de altura e um metro e trinta centímetros de largura.

• A pintura foi feita em tela tosca, colada sobre madeira de nogueira.
• Naquele tempo, nas pequenas igrejas, o Santíssimo não era conservado, isto é, a Eucaristia não era guardada mas, consumida no dia. Por isso, supõe-se que Crucifixo foi pendurado no ábside sobre o altar da capela, no centro da Igreja.
• Provavelmente o Crucifixo permaneceu na Igreja de São Damião até que as Irmãs Pobres, em 1257, o levaram consigo à nova Basílica de Santa Clara. Guardaram-no no interior do coro monástico por diversos séculos. No ano de 1938, a artista Rosária Alliano restaurou o Crucifixo
com grande perícia, protegendo-o inclusive contra qualquer deterioração.
• Desde 1958 ele está sobre o altar, ao lado da capela do Santíssimo, na Basílica de Santa Clara, protegido por vidro. Descrição detalhada da pintura

Descobre-se, à primeira vista, a figura central do Cristo, que domina o quadro pela sua imponente dimensão e pela luz que sua esplêndida e branca figura difunde sobre todas as pessoas que o circundam e que estão todas vivamente voltadas para Ele.

Esta luz vivificante que brota do interior de sua Pessoa (Jo, 8,12) fica ainda mais destacada pelas fortes cores, especialmente o vermelho e o preto. Também impressiona este Cristo ereto sobre a cruz e não pendurado nela, com os olhos abertos, olhando o mundo.

Apresenta ainda uma auréola de glória com a cruz triunfante oriental em vez de uma coroa de espinhos, porque tornou-se vitorioso na paixão e na morte. Aparecem os sinais de crucificação e as feridas sangrentas mas o sangue redentor se derrama sobre os anjos e santos (sangue das mãos e dos pés) e sobre São João (sangue do lado direito). Cristo se apresenta vivo, ressuscitado (Jo 12,32), de pé sobre o sepulcro vazio e aberto (indicado pela cor preta), visível por trás. Com as mãos estendidas, Cristo está para subir ao céu (Jo 12,32).

A inscrição acima da cabeça de Cristo, "Jesus Nazarenus Rex Judaeorum" Jesus Nazareno Rei dos Judeus é também própria do Evangelho de João. Sobre a inscrição, está a ascensão em forma dinâmica, na figura do Cristo ascendente, com o troféu da cruz gloriosa na mão esquerda (só visível na pintura original) e com a mão direita para a mão do Pai, no céu.

Do alto, a mão direita do Pai acolhe o seu Filho, circundado dos anjos (e santos) na glória celeste. As cores vermelha e púrpura são símbolos do divino; o verde e o azul, do terrestre. Para "ver" bem o conjunto da pintura, deve-se realmente parar diante do Crucifixo pois, ordinariamente, olha-se a imagem somente, de longe, como "turistas".

À direita do corpo de Cristo, aparecem as figuras de Maria e João, intimamente unidas, enquanto Maria indica o discípulo predileto com a mão direita (Jo 19,26). À esquerda, estão as duas mulheres, Maria Madalena e Maria de Cléofas, primeiras testemunhas da ressurreição (Jo 19,25). E, embora Maria, à direita e Maria Madalena, à esquerda, ergam a mão direita no rosto em sinal de dor, nenhuma das outras pessoas próximas, manifesta expressão de sofrimento profundo mas uma adesão cheia de fé ao Cristo vitorioso, Salvador.

À direita das duas mulheres vê-se o centurião com a mão erguida, olhando para o Crucifixo. Com esse gesto está a dizer: "Verdadeiramente este é o Filho de Deus". Sobre os ombros do centurião aparece a cabeça de uma pessoa em miniatura, cuja identidade se discute: poderia ser o filho do centurião, curado por Jesus (Jo 4,50) ou um representante da multidão ou ainda, o autor desconhecido da pintura.
.

Aos pés de Maria e do centurião, vê-se o soldado chamado Longino que, pela tradição, com a lança traspassa o lado de Jesus e, o portador da esponja, chamado de Estepatão, segundo a tradição (Jo 19,29). Ambos estão voltados para o Crucifixo.

Debaixo das mãos de Jesus, à direita e à esquerda, encontram-se dois anjos com as mãos erguidas, em intenso colóquio. Parecem anunciar a ressurreição e ascensão do Senhor. As duas pessoas, à extrema direita e esquerda, parecem anjos ou talvez mulheres que acorrem ao sepulcro vazio.

Aos pés de Jesus a pintura original encontra-se muito deteriorada. É provável que seja: São Damião, São Rufino, São João Batista, São Pedro e São Paulo. Acima da cabeça de São Pedro, está a figura do galo (só visível na pintura original), a lembrar a negação de Pedro a Cristo (Jo 13,38; 18, 15-27). As pessoas aos pés de Jesus têm a cabeça erguida para o alto, expressando a espera do retorno glorioso do Senhor, no juízo. Deste Crucifixo descrito em detalhes, Francisco teve uma inspiração "decisiva" para a sua vida, diz Caetano Esser.

Passamos a descrevê-la porque é deste fato que se originou a admiração que hoje temos ao Crucifixo de São Damião. O Crucifixo fala a FranciscoO jovem Francisco encontrava-se numa crise espiritual, cheio de dúvidas e trevas. "Conduzido pelo Espírito", entra na igrejinha de São Damião, onde se prostra, súplice, diante do Crucifixo. Tocado de modo extraordinário pela graça divina, encontra-se totalmente transformado. É então que a imagem de Cristo Crucificado lhe fala: "Francisco, vai e repara minha casa que está em ruína".

Francisco fica cheio de admiração e "quase perde os sentidos diante destas palavras". Mas logo se dispõe a cumprir esse "mandato" e se entrega todo à obra, reconstruindo a igrejinha. Depois pede a um sacerdote, dando-lhe dinheiro, que providencie óleo e lamparina para que a imagem do Crucifixo não fique privada de luz, mas em destaque naquele santuário. A partir de então, nunca se esqueceu de cuidar daquela igrejinha e daquela imagem.

Francisco parecia intimamente ferido de amor para o Cristo Crucificado, participando da paixão do Senhor, de quem já trazia os estigmas no coração e mais tarde, em 1224, receberia as chagas do Cristo em seu próprio corpo.

Segundo Santa Clara, está visão do Crucifixo foi um êxtase de amor radiante e impulso decisivo para a conversão de Francisco. Entre os estudiosos ainda existe uma dúvida a ser esclarecida: ao ouvir o Cristo do Crucifixo, Francisco pensa na igrejinha material de São Damião.

Mas nada impede de se pensar que se trata do "templo de Cristo no coração de Francisco e nos corações dos homens".

Enfim, a própria oração de Francisco diante do Crucifixo de São Damião sugere antes a reparação "espiritual" da casa do Senhor, crucificado no coração. Tanto que ele pede especialmente pelas três virtudes teologais (fé, esperança e amor) para poder cumprir esse "mandato" de Cristo.


Por Frei Vitório Mazzuco

21 abril 2009

Papa e um recorde


Suas palavras «Urbi et Orbi» com legendas

CIDADE DO VATICANO, domingo, 19 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI bateu um recorde no YouTube com a publicação de sua mensagem de Páscoa em 27 idiomas.

A iniciativa aconteceu em resposta às numerosas mensagens recebidas nestas semanas no Canal do YouTube da Santa Sé (www.youtube.com/vatican).

O vídeo compreende também as felicitações por ocasião da Páscoa que o Papa dirigiu em 62 idiomas desde o balcão da basílica de São Pedro, no domingo passado, ao meio-dia.

Os idiomas nos quais aparecem as legendas são espanhol, árabe, tcheco, alemão, inglês, esperanto, francês, hindi, húngaro, armênio, japonês, italiano, lituano, malabar, polonês, português, romeno, russo, esloveno, albanês, sueco, vietnamita, chinês, eslovaco, suahili e tâmil.

Até agora não se havia publicado no YouTube um vídeo com versões em tantos idiomas.

Notinhas da Igreja




PORTO FELIZ
Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com a sua comunidade de São Expedito, comemorou a festividade do Santo.Tríduos aconteceream quinta e sexta, na Capela de Santo Expedito. Sábado foi na Matriz Nossa Senhora Aparecida. No domingo, dia do Padroeiro, também foi na Matriz, mas houve procissão da Capela ate à matriz N. S. Aparecida. Coral Viola Divina cantou na missa de domingo. Houve Show de João Vitor e Fernando, Leilão com os Irmãos Brasílio, e Almoço com concerto da Orquestra de Violões lúdicos da Escola de Musica Municipal. Além de Comes e Bebes.

oração:
Ó Santo Expedito! Animados pelo conhecimento de que foram prontamente atendidos todos aqueles que vos invocaram a última hora, para negócios urgentes, nós vos suplicamos que nos obtenhais da bondade misericordiosa de Deus, por intercessão de Maria Imaculada, a graça de ................... que com toda humildade solicitamos que nos alcanceis junto à bondade toda poderosa de Deus. Amém


Rafard
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O presidente da Câmara de Rafard Fábio Quagliato e esposa e o vice presidente Fernando Qualiato e sua noiva, marcaram presença na festa em louvor a Santo Expedito que teve inicio sábado (18) e terminou domingo (19). O evento contou com missas, quermesse, shows musicais, carreata além de diversas barracas com os mais variados pratos, e a novidade da festa foi um brinquedo de carrinho bate- bate que fez a alegria das crianças e adultos.
No sábado a festa foi contagiante, com shows da Banda Pé na Roça, Daniel de Rafard e Caio e Alex além de Capivari.
A festa foi realizada pela família Fornaziero com o apoio do padre Caroni da paróquia de nossa senhora de Lurdes de Rafard e de vários colaboradores .



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Tatuí

No próximo final de semana, dias 25 e 26, a Prefeitura de Tatuí, através da Secretaria da Cultura, Esportes, Turismo, Lazer e Juventude, irá realizar a tradicional festa em comemoração a São Jorge, cuja festa litúrgica ocorre pelo calendário romano a 23 de abril, com a presença de cavaleiros da cidade e região, na praça Ayrton Senna, na Vila Dr. Laurindo.

No sábado (25), a partir dar 18 horas, haverá torneios Team Ropping e Montaria, além da Praça Gastronômica, com produtos típicos da cidade. No final da noite, a dupla Ivan e Fernandinho animará o público presente. Já no domingo (26), a procissão em homenagem ao Santo terá concentração na avenida das Mangueiras e está marcada para começar às 10 horas. Das 13 às 23 horas, acontecerão, ainda na Vila Dr. Laurindo, Pega do Garrote, Laço de Bezerro, Moto x Cavalo, Team Ropping, Montaria em Touros e Show-Baile, com Ivan e Fernandinho.

Segundo o secretário municipal da Cultura, Jorge Rizek, o trajeto da Procissão será o seguinte: ruas do Cruzeiro e XI de Agosto, praça da Matriz, XI de Agosto novamente, ruas Cel. Guilherme e Prudente de Moraes, largo do Mercado, rua XV de Novembro, avenidas Firmo Vieira e Senador Laurindo Dias Minhoto, rua Sete de Setembro e praça Ayrton Senna. Na Matriz, haverá a bênção dos cavaleiros.


20 abril 2009

Nota de Falecimento

Faleceu hoje, aos 54 anos, Francisco Benedito Pereira da Silva, o Xyko do Saae.

Filho de Noé Pereira da Silva e de Benedita Maria Camargo Silva, nasceu na cidade de Itu, SP. Casado com Maria Helena dos Santos Silva, tem um filho – Eud.

Foi o primeiro funcionário contratado pelo SAAE em 1971, e ao longo dos anos, por mérito, Xyko exerceu inúmeras atribuições no quadro funcional do SAAE, tais como: Chefe do Setor Financeiro, Chefe do Setor Administrativo e Diretor Administrativo, culminando em ocupar o mais alto cargo da hierarquia do SAAE, a Superintendência. Seu ultimo cargo foi o de Diretor Técnico.

Trabalhou mais de 37 anos no serviço público municipal, mais que uma carreira, uma vida dedicada ao SAAE e, consequentemente a cidade de Porto Feliz.

Funcionário que sempre exerceu suas atribuições laborais com grande zelo, extrema dedicação e integridade. Se hoje é uma verdade inconteste que a Autarquia é um exemplo regional de estrutura pública, sólida e eficiente, também é igualmente verdade que Xyko é um dos autores principais para tal êxito.

E entre os papéis de destaque desempenhados por Xyko, ressaltamos que foi um dos fundadores da Sociedade Amigos de Bairros da Popular, da Associação dos Servidores Públicos do Município de Porto Feliz, da Associação dos Servidores do SAAE de Porto Feliz, do Leo Clube de Porto Feliz (segmento jovem do Lions Clube), participou da Diretoria da Casa da Criança e do Movimento de Assis.

Foi correspondente dos Jornais Diário de Sorocaba e Cruzeiro do Sul e da Agência Folha. Participou de diversos projetos e programas ligados a preservação ambiental, destacando: – SOS Avecuia, Muda Avecuia, Verde que Te Quero Ver-te Avecuia e atualmente do projeto Verde Avecuia. Participou de diversos Conselhos e Comissões no âmbito da Administração Municipal.

O corpo foi velado no cemiterio novo, houve missa de corpo presente e o enterro foi as 16:30h.

19 abril 2009

Tudo e um - Frei Betto

Diógenes Laércio disse um dia a Platão: “Posso ver uma mesa e uma xícara; mas não isto a que você se refere, a mesidade e a xicaridade.” O fundador da Academia retrucou: “Para ver uma mesa e uma xícara você precisa de olhos, e você os tem. Para ver mesidade e xicaridade precisa de inteligência, e você não a tem.”

Inteligência deriva de intro legere, ser capaz de ler dentro, de captar com acuidade o que há atrás das aparências, de alcançar a essência, pois todos sabemos ou ao menos intuímos que a realidade percebida por nossos sentidos é apenas a ponta do iceberg.

Há uma íntima conexão entre todas as coisas. O primeiro a percebê-la foi Tales de Mileto, filósofo grego do século VI a.C. Suas obras não chegaram até nós, mas há quem lhe atribua a autoria do Guia de navegação pelas estrelas, suspeita que ele divide com Focos de Samos.

As idéias de Tales de Mileto nos são conhecidas graças aos comentários de Platão, Aristóteles, Teofrato, Simplício, Diógenes e Eudemo. Para aquele que é considerado o primeiro filósofo, “todas as coisas estão cheias de deuses.” Há uma sacralidade inerente a todo o criado. Proposição que, com certeza, era conhecida pelo apóstolo Paulo, que a cristianizou ao afirmar: "Ele não está longe de cada um de nós, pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dentre os poetas de vocês disseram: 'Somos da raça do próprio Deus'" (Atos dos Apóstolos, 17, 27-28).

Tales reconhecia na água a matéria-prima da natureza, o sustentáculo da Terra. Não se equivocou de todo, se considerarmos que a fórmula da água – H2O – indica que ela se compõe de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio. E, na escala atômica, o hidrogênio está na origem de toda matéria.Encantado com as idéias de Tales, Nietzsche sublinha que a água, como “útero materno de todas as coisas”, nos remete à origem do Universo, e a proposição contém “em gérmen a idéia de que Tudo é Um.” No Gênesis, o autor bíblico inclui a água como elemento primordial, citado já no segundo versículo: ”Javé pairava sobre as águas” (1,2).

No século XX, a ciência comprovou que tudo que existe pré-existe, subsiste e coexiste. Todos os seres da natureza, incluídos o homem e a mulher, são feitos dos mesmos 92 átomos resultantes da explosão inicial do Universo, o Big Bang, há cerca de 14 bilhões de anos.

Átomos e moléculas de nosso organismo sabem contar a história do que foram antes, desde que a vida emergiu do fundo dos mares e evoluiu através dos reinos mineral, vegetal e animal. Por isso, viver é dar um beijo na boca da natureza. Nossas células se alimentam do gás que ingerimos pela boca e nariz, o oxigênio, produzido pelos plânctons e pelas plantas; ao expirar retribuímos a plânctons e plantas o nutriente que os sustenta, o gás carbônico.

Nossa vida se mantém graças à capacidade de reciclar a natureza num gesto cotidianamente eucarístico. Os alimentos ingeridos no almoço eram vegetais que estavam vivos e morreram para nos dar vida, na forma de salada; grãos que estavam vivos, o arroz e o feijão, morreram para nos dar vida; animais que estavam vivos – a carne de peixe, frango ou gado – morreram para nos dar vida.

Teilhard de Chardin afirma que todas as coisas são impelidas rumo à completa sinergia, o Ponto Ômega, que a fé identifica com Cristo Ressuscitado, no qual no futuro seremos todos unificados, sem no entanto perder a nossa individualidade. Mistério que só encontra analogia na união da Santíssima Trindade, três pessoas distintas em eterna comunhão amorosa.

Se fôssemos capazes de seguir o conselho de Platão e perceber essa unidade entre todos os seres, a cosmofraternura que nos une, a energia vital que faz da vida esse maravilhoso milagre, com certeza seríamos menos insensíveis perante a miserável situação em que sobrevivem tantos de nossos semelhantes.

- Frei Betto é escritor, autor de “Sinfonia Universal – a cosmovisão de Teilhard de Chardin” (Ática), entre outros livros.

O Caminho Mais Curto para o Fracasso - Leonardo Boff

Das muitas reflexões acerca do colapso do sistema neoliberal, três despontam com claridade. A primeira é que para salvar o Titanic afundando não bastam correções e regulações no sistema em naufrágio. Precisa-se de uma outra rota que evite o choque com o iceberg: uma proução que não se reja só pela ganância nem por um consumo ilimitado e excludente.

A segunda, não valem rupturas bruscas na ilusão de que já nos transportariam para um outro mundo possível, pois seguramente implicariam no colapso total do sistema de convivência, com vitimas sem conta, sem a certeza de que das ruínas nasceria uma nova ordem melhor.

A terceira, a categoria sustentabilidade é axial em qualquer intento de solução. Isso significa: o desenvolvimento necessário para a manutenção da vida humana e para a preservação da vitalidade da Terra não pode seguir as pautas do crescimento até agora vigentes (olho no PAC de Dilma Rouseff).

Ele é demasiado depredador do capital natural e parco em solidariedade generacional presente e futura. Importa encontrar um sutil equilíbrio entre a capacidade de suporte e regeneração da Terra com seus diferentes ecossistemas e o pretendido desenvolvimento necessário para assegurar o bem viver humano e a continuidade do projeto planetário em curso que representa a nova e irreversível fase da história. Esta diligência precisa acolher a estratégia da transição do paradigma atual que não garante um futuro sustentável para um novo paradigma a ser construído pela cooperação intercultural que signifique um novo acerto entre economia e ecologia na perspectiva da manutenção da vida na Terra.

Onde vejo o grande gargalo? É na questão ecológica. Ela é citada apenas en passant nas agendas políticas visando a superação da crise. Na reunião dos G-20 no dia 2 de abril em Londres, o tema não influiu na formulação dos instrumentos para ordenar o caos sistêmico. Não se trata apenas do mais grave de todos, o aquecimento global, mas também do degelo, da acidez dos oceanos, da crescente desertificação, do desflorentamento de grandes zonas tropicais e do surgimento do planeta-favela em razão da urbanização selvagem e do desemprego estrutural. E mais ainda: a revelação dos dados que mostram a insustenbilidade geral da própria Terra, cujo consumo humano ultrapassou em 30% sua capacidade de reposição. Uma natureza devastada e um tecido social mundial dilacerado pela fome e pela exclusão anulam as condições para a reprodução do projeto do capital dentro de um novo ciclo.

Tudo indica que os limites da Terra são os limites terminais deste sistema que imperou por vários séculos. O caminho mais curto para o fracasso de todas as iniciativas visando sair da crise sistêmica é esta desconsideração do fator ecológico. Ele não é uma “externalidade” que se pode tolerar por ser inevitável. Ou lhe conferimos centralidade em qualquer solução possível ou então teremos que aceitar o eventual colapso da espécie humana.

A bomba ecológica é mais perigosa que todas as bombas letais já construídas e armazenadas. Desta vez teremos que ser coletivamente humildes e escutar o que a própria natureza, aos gritos, nos está pedindo: renunciar à agressão que o modelo de produção e consumo implica.

Não somos deuses nem donos da Terra mas suas criaturas e seus inquilinos. Belamente termina Rose Marie Muraro um livro a sair em breve pela Vozes”Querendo ser Deus, por quê? “Quando tivermos desistido de ser deuses, poderemos ser plenamente humanos o que ainda não sabemos o que é, mas que já intuíamos desde sempre”.

Leonardo Boff é autor de “Virtudes para um outro mundo possível”, Vozes 2008

Símbolos Franciscanos - O Tau

Tau

Símbolos e significados

Há certos sinais que revelam uma escolha de vida. O TAU, um dos mais famosos símbolos franciscanos, hoje está presente no peito das pessoas num cordão, num broche, enfeitando paredes numa escultura expressiva de madeira, num pôster ou pintura. Que escolha de vida revela o TAU?

Ele é um símbolo antigo, misterioso e vital que recorda tempo e eternidade. A grande busca do humano querendo tocar sempre o divino e este vindo expressar-se na condição humana. Horizontalidade e verticalidade.

As duas linhas: Céu e Terra!

Temos o símbolo do TAU riscado nas cavernas do humano primitivo. Nos objetos do Faraó Achenaton no antigo Egito e na arte da civilização Maia. Francisco de Assis o atualizou e imortalizou. Não criou o TAU, mas o herdou como um símbolo seu de busca do Divino e Salvação Universal.


TAU, SINAL BÍBLICO

Existe somente um texto bíblico que menciona explicitamente o TAU, última letra do alfabeto hebraico, Ezequiel 9, 1-7: "Passa pela cidade, por Jerusalém, e marca com um TAU a fronte dos homens que gemem e choram por todas as práticas abomináveis que se cometem". O TAU é a mais antiga grafia em forma de cruz. Na Bíblia é usado como ato de assinalar. Marcar com um sinal é muito familiar na Bíblia. Assinalar significa lacrar, fechar dentro de um segredo, uma ação. É confirmar um testemunho e comprometer aquele que possui o segredo. O TAU é selo de Deus; significa estar sob o domínio do Senhor, é a garantia de ser reconhecido por Ele e ter a sua proteção. É segurança e redenção, voltar-se para o Divino, sopro criador animando nossa vida como aspiração e inspiração.


O TAU NA IDADE MÉDIA

Vimos o significado salvífico que a letra hebraica do TAU recebe na Bíblia. Mas o TAU tem também um significado extrabíblico, bastante divulgado na Idade Média: perfeição, meta, finalidade última, santo propósito, vitória, ponto de equilíbrio entre forças contrárias. A sua linha vertical significa o superior, o espiritual, o absoluto, o celeste. A sua linha horizontal lembra a expansão da terra, o material, a carne. O TAU lembra a imagem do sustentáculo da serpente bíblica: clavada numa estaca como sinal da vitória sobre a morte. Uma vitória mística, isto é, nascer para uma vida superior perfeita e acabada. É cruz vitoriosa, perfeição, salvação, exorcismo. Um poder sobre as forças hostis, um talismã de fé, um amuleto de esperança usado por gente devota sensível.


O TAU DO PENITENTE

Francisco de Assis viveu em um ambiente no qual o TAU estava carregado de uma grande riqueza simbólica e tradicional. Assumiu para si a marca do TAU como sinal de sua conversão e da dura batalha que travou para vencer-se. Não era tão fácil para o jovem renunciar seus sonhos de cavalaria para chegar ao despojamento do Crucificado que o fascinou. Escolhe ser um cavaleiro penitente: eliminar os excessos, os vícios e viver a transparência simples das virtudes. Na sua luta interior chegou a uma vitória interior. Um homem que viveu a solidão e o desafio da comunhão fraterna; que viveu o silêncio e a canção universal das criaturas; que experimentou incompreensão e sucesso, que vestiu o hábito da penitência, que atraiu vidas, encontrou um modo de marcar as paredes de Santa Maria Madalena em Fontecolombo, de assinar cartas com este sinal. De lembrar a todos que o Senhor nos possui e nos salva sob o signo do TAU.


O TAU FRANCISCANO

O TAU franciscano atravessa oito séculos sendo usado e apreciado. É a materialização de uma intuição. Francisco de Assis é um humano que se move bem no universo dos símbolos. O que é o TAU franciscano? É Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem. Significa lutar e discernir o verdadeiro e o falso. É curar e vivificar. É eliminar o erro, a mentira e todo o elemento discordante que nega a paz. É unidade e reconciliação. Francisco de Assis está penetrado e iluminado, apaixonado e informado pela Palavra de Deus, a Palavra da Verdade. É um batalhador incansável da Paz, o Profeta da Harmonia e Simplicidade. É a encarnação do discernimento: pobre no material, vencedor no espiritual. Marcou-se com este sinal da luz, vida e sabedoria.


O TAU COMO IDEAL

No mês de novembro de 1215, o Papa Inocêncio III presidia um Concílio na Igreja Constantiniana de Roma. Lá estavam presentes 1.200 prelados, 412 bipos, 800 abades e priores. Entre os participantes estavam São Domingos e São Francisco. Na sessão inaugural do Concílio, no dia 11 de novembro, o Papa falou com energia, apresentou um projeto de reforma para uma Igreja ferida pela heresia, pelo clero imerso no luxo e no poder temporal. Então, o Papa Inocêncio III recordou e lançou novamente o signo do TAU de Ezequiel 9, 1-7. Queria honrar novamente a cristandade com um projeto eclesial de motivação e superação. Era preciso uma reforma de costumes. Uma vida vivida numa dimensão missionária mais vigorosa sob o dinamismo de uma contínua conversão pessoal. São Francisco saiu do Concílio disposto a aceitar a convocação papal e andou marcando os irmãos com o TAU, vibrante de cuidado, ternura e misericórdia aprendida de seu Senhor.


O TAU NAS FONTES FRANCISCANAS

Os biógrafos franciscanos nos dão testemunhos da importância que São Francisco dava ao TAU: "O Santo venerava com grande afeto este sinal", "O sinal do TAU era preferido sobre qualquer outro sinal", "O recomendava, freqüentemente, em suas palavras e o traçava com as próprias mãos no rodapé das breves cartas que escrevia, como se todo o seu cuidado fosse gravar o sinal do TAU, segundo o dito profético, sobre as fontes dos homens que gemem e lutam, convertidamente a Jesus", "O traçava no início de todas as suas ações", "Com ele selava as cartas e marcava as paredes das pequenas celas" (cf. LM 4,9; 2,9; 3Cel 3). Assim Francisco vestia-se da túnica e do TAU na total investidura de um ideal que abriu muitos caminhos.


TAU, SINAL DA CRUZ VITORIOSA

Cruz não é morte nem finitude, mas é força transformante; é radicalidade de um Amor capaz de tudo, até de morrer pelo que se ama. O TAU, conhecido como a Cruz Franciscana, lembra para nós esta deslumbrante plenitude da Beleza divina: amor e paz. O Deus da Cruz é um Deus vivo, que se entrega seguro e serenamente à mais bela oferenda de Amor. Para São Francisco, o TAU lembra a missão do Senhor: reconciliadora e configuradora, sinal de salvação e de imortalidade; o TAU é uma fonte da mística franciscana da cruz: quem mais ama, mais sofre, porque muito ama, mais salva. Um poeta dos primeiros tempos do franciscanismo conta no "Sacrum Comercium", a entrega do sinal do TAU à Dama Pobreza pelo Senhor Ressuscitado, que o chama de "selo do reino dos céus". À Dama Pobreza clamam os menores: "Eia, pois, Senhora, tem compaixão de nós e marca-nos com o sinal da tua graça!" (SC 21,22).

O TAU E A BÊNÇÃOFrancisco se apropriou da bênção deuteronômica, transcreveu-a com o próprio punho e deu a Frei Leão: "Que o Senhor te abençoe e te guarde. Que o Senhor mostre a tua face e se compadeça de ti. Que o Senhor volva o teu rosto para ti e te dê a paz. Irmão Leão; o Senhor te abençoe!" Sob o texto da bênção, o próprio Frei Leão fez a seguinte anotação: "São Francisco escreveu esta bênção para mim, Irmão Leão, com seu próprio punho e letra, e do mesmo modo fez a letra TAU como base". Assim, Francisco, num profundo momento de comunicação divina, com delicadeza paternal e maternal, abençoa seu filho, irmão, amigo e confidente. Abençoar é marcar com a presença, é transmitir energias que vêm da profundidade da vida. O Senhor te abençoe!


O TAU E A CURA DOS ENFERMOS

No relato de alguns milagres, conta-se que Francisco fazia o sinal da cruz sobre a parte enferma dos doentes. Após ter recebido os estigmas no Monte Alverne, Francisco traz em seu corpo as marcas do Senhor Crucificado e Ressuscitado. Marcado pelo Senhor, imprime a marca do Senhor que salva em tudo o que faz. Conta-nos um trecho das Fontes Franciscanas que um enfermo padecia de fortes dores; invoca Francisco e o santo lhe aparece e diz que veio para responder ao seu chamado, que traz o remédio para curá-lo. Em seguida, toca-lhe no lugar da dor com um pequeno bastão arrematado com o sinal do TAU, que traz consigo. O enfermo ficou curado e permaneceu em sua pele, no lugar da dor, o sinal do TAU (cf. 3Cel159). O Senhor identifica-se com o sofrimento de seu povo. Toma a paixão do humano e do mundo sobre si. Afasta a dor e deixa o sinal de Amor.


A COR DO TAU

O TAU, freqüentemente, é reproduzido em madeira, mas quando, pintado, sempre vem com a cor vermelha. O Mestre Nicolau Verdun, num quadro do século XII, representa o Anjo Exterminador que passa enquanto um israelita marca sobre a porta de sua casa um TAU com o Sangue do Cordeiro Pascal que se derrama num cálice. O Vermelho representa o sangue do Cordeiro que se imola para salvar. Sangue do Salvador, cálice da vida! Em Fontecolombo, Francisco deixou o TAU grafado em vermelho. O TAU pintado na casula de Frei Leão no mural de Greccio também é vermelho. O pergaminho escrito para Frei Leão no Monte Alverne, marca em vermelho o Tau que assina a bênção. O Vermelho é símbolo da vida que transcende, porque se imola pelos outros. Caminho de configuração com Jesus Crucificado para nascer na manhã da Ressurreição.


O TAU NA LINGUAGEM

O TAU é a última letra do alfabeto judaico e a décima nona letra do alfabeto grego. Não está aí por acaso; um código de linguagem reflete a vivência das palavras. O mundo judaico e, conseqüentemente, a linguagem bíblica mostram a busca do transcendente. É preciso colocar o Deus da Vida como centro da história. É a nossa verticalidade, isto é, o nosso voltar-se para o Alto. O mundo grego nos ensinou a pensar e perguntar pelo sentido da vida, do humano e das coisas. Descobrir o significado de tudo é pisar melhor o chão, saber enraizar-se. É a nossa horizontalidade. A Teologia e a Filosofia são servas da fé e do pensamento. Quem sabe onde está parte para vôos mais altos. É como o galho de pessegueiro, cortado em forma de tau é usado para buscar veios d'água. Ele vibra quando a fonte aparece cheia de energia. Coloquemos o tau na fonte de nossas palavras!


O TAU, O CORDÃO E OS TRÊS NÓS

Em geral, o Tau pendurado no pescoço por um cordão com três nós. Esse cordão significa o elo que une a forma de nossa vida. O fio condutor do Evangelho. A síntese da Boa Nova são os três conselhos evangélicos=obediência, pobreza, pureza de coração. Obediência significa acolhida para escutar o valor maior. Quem abre os sentidos para perceber o maior e o melhor não tem medo de obedecer e mostra lealdade a um grande projeto. Pobreza não é categoria econômica de quem não tem, mas é valor de quem sabe colocar tudo em comum. Ser pobre, no sentido bíblico-franciscano, é a coragem da partilha. Ser puro de coração é ser transparente, casto, verdadeiro. É revelar o melhor de si. Os três nós significam que o obediente é fiel a seus princípios; o pobre vive na gratuidade da convivência; o casto cuida da beleza do seu coração e de seus afetos. Tudo isto está no Tau da existência!


USAR O TAU É LEMBRAR O SENHOR

Muita gente usa o Tau. Não é um amuleto, mas um sacramental que nos recorda um caminho de salvação que vai sendo feito ao seguir, progressivamente, o Evangelho. Usar o TAU é colocar a vida no dinamismo da conversão: Cada dia devo me abandonar na Graça do Senhor, ser um reconciliado com toda a criatura, saudar a todos com a Paz e o Bem. Usar o TAU é configurar-se com aquele que um dia ilumina as trevas do nosso coração para levar-nos à caridade perfeita. Usar o TAU é transformar a vida pela Simplicidade, pela Luz e pelo Amor. É exigência de missão e serviço aos outros, porque o próprio Senhor se fez servo até a morte e morte de Cruz.

Por Frei Vitório Mazzuco, OFM

12 abril 2009

Franciscanos recordarão seu 8º centenário





Mais de dois mil franciscanos de todo o mundo se congregarão de 15 a 18 de abril para recordar em Assis o 8º centenário da fundação da família religiosa, convidados por seus superiores gerais. 
Recordarão um encontro convocado por São Francisco de Assis cinco anos antes de sua morte, em 1221, quando chamou 5 mil frades: foi o primeiro capítulo geral dos franciscanos, que então se chamou «das esteiras», pois naquela ocasião, por falta de leitos, os frades dormiram em «esteiras».
«São Francisco é o primeiro fundador que escreve em sua regra um capítulo sobre a missão em terras cristãs, mas é o primeiro também em escrever um capítulo sobre a Missio ad gentes, para aqueles que iam entre os chamados sarracenos e outros não-cristãos.»«Estivemos sempre na fronteira da evangelização e este será nosso compromisso também para o futuro – declara o ministro geral. Nosso claustro é o mundo.»