Sem. Geovan Carlos Kuba, LC
gkuba@legionaries.org
"Sacrificar-me! Para quê?" é uma pergunta típica nos dias de hoje. No entanto, quem de nós pode dar uma resposta satisfatória?
Tradições, vivemos de tradições...
Quantas vezes pensamos: sacrificar-me na Quaresma, não comer carne nas sextas-feiras e durante a Semana Santa... Isso é coisa do passado!
Ainda vivo de tradições? Vivo empurrado pelos costumes familiares que temos? Dessa maneira seria melhor nem as viver.
Jesus, no Evangelho nos disse: “Eu quero misericórdia e não sacrifício”. (Mt 9, 13) Isso quer dizer que os sacrifícios corporais que fazemos na Quaresma são em vão? Não, ao contrário, bem diz o Catecismo da Igreja Católica no número 2100 que o “sacrifício exterior deve ser uma expressão do meu sacrifício espiritual”.
A Quaresma é um período litúrgico que nos convida a um arrependimento interior dos nossos pecados e, ao mesmo tempo, nos convida a perdoar as ofensas do próximo. Que doloroso seria para Jesus se chegássemos à Semana Santa sem termos preparado o nosso interior para contemplar a Cristo, que morre na Cruz para perdoar nossos pecados.
Não devemos viver certos costumes piedosos da nossa fé só porque são tradições Católicas ou porque assim aprendemos dos nossos pais. Tudo isso não vale nada, se não os vivermos com amor. Os sacrifícios, o jejum, são meios que nos levam a expressar exteriormente o nosso amor a Deus. São atos concretos de arrependimento pelos nossos pecados. Devem ser mostras exteriores de nossa conversão interior como nos diz o Catecismo da Igreja Católica: “A conversão interior conduz a expressar essa atitude por sinais visíveis, gestos e obras de penitência” (nº 1430).
Mas não somente por isso deve ser um meio para me enaltecer diante dos outros, mostrando que estou fazendo estes atos de penitência. Que isso fique entre nós e Deus, assim receberemos a recompensa de Cristo e não dos homens.
Sacrificar-me! Para quê? Já sabemos a resposta: Para demonstrar nosso arrependimento e nosso Amor a Cristo.
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