14 julho 2009

série fraternidade e minoridade


Fraternidade e Minoridade

Por Fr. Almir Guimarães, ofm

13. O Senhor nos chamou a viver a forma de vida evangélica, não solitariamente, mas numa comunidade de irmãos. Não constituímos um grupo de pessoas que “colaboram” para o bom êxito de um empreendimento. Não somos tocadores de obras, por mais nobres e necessárias que sejam. Não somos apenas pessoas polidas umas com as outras. Somos iguais, somos irmãos, respeitamo-nos profundamente uns aos outros, manifestamos com confiança nossas necessidades, evitamos discussões, murmurações, cólera e julgamentos negativos. Sofremos quando um confrade vive sem atenção num quarto velho no fundo de um corredor sombrio... Prestamo-nos mutuamente humildes serviços, amamo-nos com ternura de mãe. “A fraternidade não é somente, nem em primeiro lugar, uma escola de perfeição ou uma equipe de trabalho apostólico. A fraternidade tem uma razão em si mesma: ser um ambiente onde os irmãos procuram estabelecer relações verdadeiramente interpessoais. A razão de ser de uma fraternidade evangélica é que os irmãos se amem uns aos outros. Ela quer ser uma manifestação visível, uma espécie de sacramento da nova situação do homem , a quem o Senhor concedeu em Jesus Cristo, a possibilidade de amar verdadeiramente todos os homens. Os laços que unem entre os si os irmãos de uma fraternidade evangélica, não são espontâneos como no casal humano. Os irmãos se agrupam para amar-se por causa do Reino de Deus. Querem, desta maneira, manifestar de forma concreta a vocação primeira da Igreja: ser uma comunidade de amor” (Thaddée Matura, OFM, O projeto evangélico de Francisco de Assis, Vozes/CEFEPAL, Petrópolis 1979, p. 80).

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