02 abril 2010

Cântico do irmão Sol ( ou Cântico das criaturas)

( Quase cego, sozinho numa cabana de palha, em estado febril e atormentado pelos ratos,

São Francisco deixou para a humanidade este canto de amor ao Pai de toda a Criação.

Na penúltima estrofe, que exalta o perdão e a paz, foi composta em julho de 1226 no palácio episcopal de Assis, para por fim a uma desavença entre o Bispo e o Prefeito da cidade. Estes poucos versos bastaram para impedir a guerra civil.

(A ultima estrofe, que acolhe a morte, foi composta no começo de outubro de 1226)



Altíssimo, onipotente e bom Deus,

Teus são o louvor, a gloria, a honra,

E toda a benção.



Só a Ti, Altíssimo, são devidos,

E homem algum é digno

De Te mencionar.



Louvado seja meu Senhor,

Com todas as Tuas criaturas,

Especialmente o irmão Sol,

Que clareia o dia

E com sua luz nos ilumina.



Ele é belo e radiante,

Com grande esplendor

De Ti, Altíssimo é a imagem.



Louvado seja meu Senhor

Pela irmã Lua e as Estrelas,

Que no céu formastes claras,

Preciosas e belas.



Louvado sejas meu Senhor, pelo irmão vento,

Pelo ar ou neblina,

Ou sereno ou de todo tempo

Pelo qual as Tuas criaturas daí sustento.



Louvado sejas meu Senhor,

Pela irmã Água

Que é muito útil e humilde

Preciosa e casta.



Louvado sejas meu Senhor,

Pelo irmão Fogo,

Pelo o qual iluminas a noite

E ele é belo e jucundo

vigoroso e forte.



Louvado sejas meu Senhor

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