Posted: 30 Mar 2010 06:31 PM PDT
A caminho da Festa da Ressurreição ...
A celebração do Domingo de Ramos abriu-nos as portas da semana-caminho para a festa da Páscoa da Ressurreição.
Após ter entrado no coração de cada um, como fez um dia em Jerusalém, Jesus de Nazaré, nos convida a sentarmos a seu lado, junto com seus “amigos”, à mesa da refeição, para novamente, nos oferecer, além do Pão da Vida, o exemplo surpreendente de humildade e de serviço, quando repete, agora, o gesto inaugurado na derradeira Ceia: lava os pés dos irmãos. “Ama-os até o fim” – ama-nos por toda a eternidade! Era a festa da Páscoa Judaica, é a festa da nova e definitiva Aliança do Criador com as criaturas!
Mas Jesus, não nos convida apenas para festa, como também fez outrora, Ele nos chama a subir o Getsemani e diante de nós, se mostra divinamente humano quando pede ao Pai que lhe afaste o cálice do sacrifício.
Ele nos leva ao palácio de Pilatos e, de novo, o “eu não sei quem ele é”, hoje dito por nós, ecoa em seus ouvidos para ferir-lhe o coração como o chicote machucou o seu corpo.
Ele nos atrai para o caminho do Calvário e, por um momento, nos oferece a oportunidade de ajudá-lo a carregar a cruz, a parte mais leve, porque a mais pesada, a do amor não correspondido, esta Ele carrega sozinho e, nós não entendemos ... nem sempre aceitamos. Apresenta-nos a um grupo de mulheres, que à margem do caminho chora a sorte do justo, em nada diferente de nós hoje.
Mas, sobretudo, chama-nos a atenção para aquela, que lhe enxuga o rosto chagado e cansado , com o “véu da ternura e do cuidado”. E, finalmente, à sombra da soledade da Paixão, nos apresenta o mais amargo, o mais sofrido e o mais difícil encontro de olhares que o mundo já testemunhou: os olhos da Mãe e do Filho se misturam e cada coração derrama no coração do outro a própria dor, a dor do sim à vontade divina.
Finalmente, chegamos com Ele, no topo do Gólgota, de onde se abre a porta para a verdadeira vida. A noite cai ... mas o dia vem! Das trevas nasce a luz e, de novo, somos convidados para a festa: a Festa da Luz. “Eu sou a Luz”, havia dito Jesus.
Luz para o mundo, para todos os tempos, para cada época, para cada homem, para cada mulher.
Querido irmão, querida irmã, mais uma vez estamos diante da realidade central da nossa fé, a Ressurreição do Senhor.
Vamos celebrar com muita alegria, unidos na caridade e no compromisso de jamais, a exemplo de Maria, João e das santas mulheres, abandonar o pé da cruz e de proclamar a Vitória da Vida, com toda a força da nossa alma, com o vigor da nossa palavra e com o testemunho das nossas obras, em todas as encruzilhadas: na família, na Igreja, no trabalho, na sociedade, em fim, onde nossa realidade de franciscanos seculares conseguir atingir.
Como mãe e os abençôo, pedindo a Deus que nos alcance a graça de ressuscitar para sempre do pecado da tentação de “servir a dois senhores”.
Fraternalmente.
Maria Bernadette Nabuco do Amaral Mesquita
(Ministra Regional)
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